O deputado federal Emerson Petriv, mais conhecido como Boca Aberta (PROS-PR), teve seu diploma eleitoral como parlamentar cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na terça-feira (24).
Com a decisão, o parlamentar não poderá cumprir o restante de seu mandato, que termina em pouco menos de um ano e meio. De acordo com o ministro Luís Felipe Salomão, relator do caso, dois fatores que tornariam o parlamentar inelegível foram identificados.
O primeiro é uma condenação criminal contra ele por conta de uma denunciação caluniosa. Já o segundo é uma outra cassação em nome de Boca Aberta, essa em 2017, quando o parlamentar era vereador na Câmara de Londrina.
Apesar de ter sido cassado, o político ainda conseguiu concorrer nas eleições de 2018 e ser eleito. Isso porque uma decisão provisória da Justiça havia permitido que seu registro de candidatura fosse validado.
Todavia, essa decisão acabou sendo derrubada, após suplentes de Boca Aberta irem ao TSE reclamar da determinação que validou o registro do político. Ao analisar os pedidos, os ministros do órgão apontaram que a inelegibilidade provocada pela cassação na Câmara Municipal o impedia de assumir o posto de deputado federal.
Por conta da destituição do cargo, Osmar Serraglio (MDB-PR), deputado por cinco mandatos seguidos e ex-ministro da Justiça do presidente Michel Temer, o primeiro suplente da coligação, foi chamado e assumirá a vaga do parlamentar. Os votos obtidos pelo parlamentar continuarão com seu partido.
Outro processo contra o deputado
Mesmo cassado, o parlamentar deve responder a mais um processo de destituição. Desta vez, o caso será julgado pela Câmara dos Deputados. Isso porque Boca Aberta é alvo do Conselho de Ética da Casa por ter invadido uma unidade de saúde.
Na ocasião, o deputado filmou um médico plantonista e divulgou o vídeo nas redes sociais. Na terça (24), Alexandre Leite (DEM-SP), relator do caso, apresentou um parecer em que recomenda a cassação do mandato. Caso seja aprovado pelo Conselho de Ética, o relatório pela destituição de Boca Aberta será levado a votação no plenário da Câmara.
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