Nos últimos anos, as notícias falsas, as famosas fake news, ganharam destaque, sobretudo por conta do aumento no uso das redes sociais, plataformas essas usadas para a propagação de informações inverídicas. Em 2022, as fake news ganharam destaque na política, sendo usadas tanto pela esquerda quanto pela direito para a disseminação de notícias que não são verdadeiras.
Alexandre Moraes libera redes sociais de deputados que postaram fake news sobre urnas
Durante o pleito, o presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados, por exemplo, foram acusados de atentarem contra a democracia ao espalharem notícias falsas sobre as urnas eletrônicas e sobre o processo eleitoral brasileiro, que de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e entidades de renome, é seguro e confiável.
Nesta quinta-feira (15), por conta do aumento da propagação de informações inverídicas, a deputada federal Marília Arraes (Solidariedade) propôs na Câmara um projeto de lei que tem como objetivo a inclusão do estudo das fake news, com foco em identificá-las e combatê-las, na grade curricular de escolas de educação básica.
Ao defender a ideia, a deputada lembrou que “em todo o mundo, a proliferação das fake news tem levado a um estado de desinformação que influencia grande parte da população, dando ensejo a discursos de ódio, à formação de bolhas, à radicalização das opiniões – e pondo em risco as bases da democracia”.
Segundo ela, o texto tem como intuito modificar um trecho da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, acrescentando assim a educação midiática como um “tema transversal”. Na apresentação do projeto, Marília Arraes usou como exemplo a Finlândia, país europeu que adotou um sistema onde os alunos estudam a identificação de informações falsas, aprendendo assim quais são os métodos comumente utilizados para enganar os leitores e os usuários de redes sociais.
“Acreditamos que abordagem semelhante poderia ter impactos muito positivos no Brasil, visto que também enfrentamos o desafio da desinformação e da manipulação da opinião popular com informações falsas”, disse a deputada, que neste ano foi candidata ao governo de Pernambuco, mas acabou sendo derrotada no segundo turno da disputa.
Leia também: TCU determina que governo cancele publicidade em sites de ‘fake news’