Agora o presidente da república, Jair Bolsonaro, tem um partido. O chefe do Executivo oficializou sua filiação ao Partido Liberal (PL) nesta terça-feira (30), em uma cerimônia realizada na sede da sigla, em Brasília. O evento contou com a presença de integrantes do governo e também do presidente da agremiação, Valdemar Costa Neto.
A filiação de Bolsonaro vem após o presidente ter passado dois anos sem estar filiado a nenhuma sigla. Em 2018, o chefe do Executivo foi eleito pelo PSL, mas, por conta de divergências, acabou saindo da legenda em 2019. Naquele ano, ele até tentou criar uma nova agremiação, a Aliança Pelo Brasil, mas o projeto não foi para frente.
Em cerca de 30 anos na política, Bolsonaro já passou por outros oito partidos antes de chegar ao PL, sendo eles: PDC, PPR, PPB, PTB, PFL, PP, PSC e PSL. Durante a filiação, o presidente discursou e afirmou que recebeu inúmeras propostas de filiação, mas optou pelo PL.
“Eu vim do PP. E confesso, prezado Valdemar, a decisão não foi fácil. Até mesmo o Marcos Pereira [presidente do Republicanos], conversei muito com ele e com outros parlamentares”, afirmou o presidente, que afirmou que “nenhum partido [aliado] será esquecido” por ele.
Ainda durante a cerimônia, Bolsonaro afirmou que estava se sentindo em casa em seu novo partido, pertencente ao “centrão”, grupo que ele criticava durante as eleições, “estou me sentindo aqui em casa, dentro do Congresso Nacional, aquele plenário da Câmara, tendo em vista a quantidade de parlamentares aqui presentes”, começou.
“Me trazem lembranças agradáveis, lembranças de luta, acima de tudo, momentos em que nós, juntos, fizemos pelo nosso país. Eu venho do meio de vocês. Venho de 28 anos na Câmara”, afirmou o chefe do Executivo.
Bolsonaro não foi o único do governo a se filiar ao PL nesta terça-feira. Além dele, também são novos integrantes da sigla o filho do presidente, o senador Flávio Bolsonaro, que deixou o Patriota, e o ministro de Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, que estava sem legenda.
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