As filas do INSS estão cada vez mais numerosas e dificultando o acesso de beneficiários a valores importantes. Segundo dados do Portal da Transparência do INSS são 1.197.750 de pessoas esperando análises administrativas, enquanto 596.699 de pessoas esperam uma perícia médica. Uma Medida Provisória que quer resolver o assunto tramita na Casa Civil.
Em alguns casos, aposentadorias solicitadas em 2022 ainda não estão sendo pagas aos beneficiários. Além disso, outras pessoas esperam o dinheiro sem poder trabalhar por conta de lesões sofridas. Um projeto piloto no INSS quer resolver a situação.
Como se aposentar em 2023?
O INSS tem diversos programas que atendem a população brasileira. O principal deles é a aposentadoria, destinada a quem tem muitos anos de trabalho e uma contribuição suficiente para receber valores do governo mensalmente.
Contudo, desde a Reforma da Previdência, aprovada em 2019, o Brasil está em uma fase de transição, que vai até 2033. Por isso, a cada ano que passa, o trabalhador precisa somar alguns pontos com o INSS, que são a soma dos anos de contribuição, bem como da idade do trabalhador. Por isso, a cada ano que passa, ter a sua aposentadoria fica mais próxima, mesmo com a pontuação mais alta.
Isso porque, em tese, o trabalhador contribui todos os anos e também faz o seu aniversário. Com isso, a cada ano você soma 2 pontos, ao passo que a regra sobe um ponto apenas. É dessa forma que você conseguirá atingir a sua aposentadoria, mesmo com a regra de transição.
A regra para a aposentadoria pela idade mínima progressiva em 2023 exigirá os requisitos de pontos e contribuições. Para as mulheres, é preciso ter 58 anos de idade e 30 anos de contribuição, enquanto que os homens precisarão de 63 anos de idade e 35 anos de contribuição. Dessa forma, mulheres precisam de 88 pontos no INSS, enquanto que os homens precisam de 98 pontos.
Dificuldades do INSS
Apesar do processo mais aprimorado e regras bem definidas para a aposentadoria e outros benefícios do INSS, a autarquia vem sofrendo de problemas para dar conta de tantos pedidos. Segundo estimativas do Ministério da Previdência, uma em cada cinco pessoas não comparecem à perícia médica.
Diante disso, o INSS passou a ligar para os agendados para lembrar da perícia média. Hoje são 5 mil ligações diárias no projeto piloto do governo. A partir da próxima semana, serão 25 mil ligações diárias para relembrar o agendamento. O intuito é reduzir a falta dessas pessoas e dar um andamento mais rápido na fila.
Por outro lado, o INSS sofre com a falta de peritos capacitados para fazer a análise. Por conta disso, uma Medida Provisória quer permitir que os atuais peritos ganhem hora extra ao trabalhar além de seu horário. O projeto, contudo, está parado na Casa Civil. Atualmente, cada perito pode fazer 12 perícias por dia. O projeto quer aumentar a quantidade.
Por fim, o Ministério da Previdência quer abrir um concurso para novos peritos. A expectativa é que todos estejam trabalhando já ao final de 2024.