As demissões voluntárias ganharam força no Brasil nos últimos meses. Na verdade, esse fenômeno não é exclusivo do mercado de trabalho brasileiro. Diversos países estão passando por essa fase, com milhões de trabalhadores pedindo demissão.
No caso do Brasil, houve 13,8 milhões de demissões entre janeiro e agosto deste ano. Desse total, 33,4% ocorreram a pedido, o que corresponde a 4,6 milhões de demissões voluntárias. Isso mostra o número elevado de pessoas que estão abandonando os seus empregos no país.
Estas informações fazem parte de um levantamento realizado pela LCA Consultores, com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Previdência.
Aliás, especialistas vêm afirmando que o Brasil está vivendo uma onda de demissões voluntárias. Em suma, a tendência já estava sendo vista desde 2021, mas os dados deste ano mostram que os trabalhadores estão mais dispostos para buscar uma nova vaga de emprego.
A saber, o número de demissões voluntárias superou a marca de 500 mil em todo os meses deste ano, de janeiro a agosto. O recorde foi registrado em agosto, quando o nível superou os 600 mil pedidos de desligamento. Inclusive, os números de março também superaram essa marca.
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Em primeiro lugar, o retorno ao trabalho presencial está aumentando o número de pedidos de desligamento. Isso porque, nos últimos anos, houve um forte aumento no número de pessoas que passaram a trabalhar em casa por causa da pandemia da covid-19.
Com a melhora do quadro sanitário no país, muitas empresas voltaram com o trabalho presencial. No entanto, muita gente, que ficou em home office, passou a preferir essa modalidade de trabalho. E, ao serem obrigados a retornarem ao trabalho presencial, os profissionais optaram por se desligar das empresas.
Em resumo, os trabalhadores perceberam a diferença entre as modalidades e começara a repensar o retorno ao trabalho presencial. Por exemplo, não ter que pegar trânsito e passar mais tempo com a família ganharam mais importância, em detrimento de uma remuneração mais alta em um trabalho presencial.
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