O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) informou na quarta-feira (27) que a demanda por bens industriais cresceu 0,4% em fevereiro, na comparação com janeiro. A saber, os dados se referem ao Indicador Ipea de Consumo Aparente de Bens Industriais.
Em resumo, o avanço sucede a queda de 2,7% registrada em janeiro. Aliás, o indicador cresceu em fevereiro graças ao crescimento de 0,6% da demanda por bens industriais nacionais. Por outro lado, a demanda por bens importados caiu 1,7% na comparação com janeiro, limitando a expansão do indicador no mês.
Seja como for, o consumo aparente fechou o trimestre móvel de dezembro de 2021 a fevereiro de 2022 em alta de 0,5%. A propósito, a demanda por bens nacionais cresceu 0,9% no período, enquanto a busca por bens importados despencou 6,5%.
Como a demanda nacional tem um peso bem maior no indicador, o seu resultado foi suficiente para deixá-lo positivo no trimestre, apesar da forte queda da demanda por bens importados. Em suma, o consumo aparente é composto pela demanda por bens nacionais e importados.
Veja relação do Indicador Ipea com pesquisa do IBGE
O Ipea também fez uma comparação do seu indicador com os dados da produção industrial divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo a Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física (PIM-PF) do IBGE, a indústria brasileira cresceu 0,7% em fevereiro, taxa bem semelhante à calculada pelo indicador do Ipea.
No trimestre encerrado em fevereiro, a produção industrial do país cresceu 1,3% graças ao avanço de fevereiro e o de dezembro do ano passado (2,7%), apesar da queda de 2,2% registrada em fevereiro.
No acumulado dos últimos 12 meses, o consumo aparente cresceu 5,7% graças ao avanço da demanda por bens nacionais (1,8%) e importados (24,8%). Já a indústria brasileira, medida pela pesquisa do IBGE, cresceu 2,8% no período, ou seja, o crescimento foi metade do registrado pelo indicador do Ipea.
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