Quando o assunto é economia, o governo vem tratando com ampla prioridade a meta do “déficit zero”. Para especialistas, buscar essa meta é a principal ferramenta de o atual governo conseguir reestruturar a economia e fazer o país voltar a crescer de forma mais saudável. Apesar dos receios do mercado de que isso seja obtido em 2024, Haddad segue reafirmando o compromisso do governo.
Contudo, os impactos na vida dos brasileiros é maior do que se pensa. Por isso, hoje vamos entender o que é a política do déficit zero, além de mostrar o que mudará na sua vida se o governo conseguir fazer isso.
O que é déficit zero?
Nas contas públicas, o governo precisa sempre dizer aos cidadãos o quanto gasta e o quanto arrecada através de impostos, taxas e demais fontes de receita. Os indicadores desse tipo são divididos em dois: déficit nominal e déficit primário. A diferença é que o nominal leva em consideração o pagamento de juros da dívida pública, enquanto o nominal desconsidera essa despesa.
Para 2024, o Governo Federal quer atingir um déficit zero, mas a mira é no déficit primário, que leva em conta todos os gastos (exceto com juros da dívida pública) e todas as receitas do governo. Para fazer isso, o governo vem mudando a cara da tributação do país, através das mudanças via reforma tributária, que começarão a valer de forma gradual. Além disso, o governo mudou a forma como gasta, extinguindo o teto de gastos e colocando prática o novo arcabouço fiscal.
Para especialistas, o governo vem aumentando os impostos de diversas formas, mas também vem gastando mais do que os antigos projetos previam. Apesar disso, o déficit zero segue sendo a principal meta para 2024 e o governo reitera esse compromisso de forma recorrente. Por isso, a meta do governo é gastar o que ganha, sem deixar prejuízos.
O que muda na sua vida
Apesar de parecer distante, uma política de déficit zero tem um grande impacto na vida de todos os cidadãos. Isso porque existem diversas variáveis que são afetadas pelas contas do governo. A principal delas é a taxa de juros da economia. Em poucas palavras, um governo com um grande déficit precisa de dinheiro emprestado e, por isso, precisa aumentar os juros da economia.
Caso não tenha prejuízos, o governo não precisa de dinheiro emprestado, o que permite que o Banco Central diminua os juros da economia. Quando isso acontece, fica mais fácil empreender, o que, quase que automaticamente, aumenta os índices de emprego no país e melhora a vida das pessoas. Por conta disso, o déficit zero é uma das métricas mais importantes do atual governo.
Além disso, um déficit zero, ao permitir que os juros fiquem mais baixos, se reflete em empréstimos e financiamentos mais acessíveis, o que dá acesso à casa própria e compra de automóveis para pessoas de menor renda.