O governador afastado do Distrito Federal Ibaneis Rocha (MDB) não foi conivente com os atos terroristas que culminaram na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes – Supremo Tribunal Federal (STF), Congresso Nacional e Palácio do Planalto – em Brasília no último dia 08 de janeiro.
Ibaneis Rocha pede desculpas ao presidente Lula
Quem afirmou isso foi Alberto Toron, advogado de Ibaneis Rocha. Em entrevista ao canal “CNN Brasil”, o defensor comentou sobre a ação de busca e apreensão realizada pela Polícia Federal (PF) nos endereços vinculados ao governador afastado do Distrito Federal nesta sexta-feira (20).
Segundo o advogado, a ação da PF foi recebida com “absoluta surpresa”. No entanto, ele ressaltou que o governador afastado não tem nada a temer. “Nós não acreditamos que nesses ambientes haja qualquer coisa que possa comprometê-lo”, afirmou.
Ainda durante a entrevista, o advogado lembrou que foi o próprio governador afastado que solicitou que a PF o ouvisse para “externar sua repulsa contra os atos golpistas”. Não suficiente, o defensor ainda afirmou que Ibaneis Rocha foi um dos primeiros a reconhecer a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições e colaborou com a equipe de transição de governo.
“Estamos muito confiantes que as provas existentes o beneficiam, para demonstrar a falta de conivência com os atos golpistas do dia 08”, disse ele, destacando ainda que, em sua visão, “a busca e apreensão da PF só favorecerá o governador” afastado.
Por fim, o advogado, que alegou não ter acesso ao auto de arrecadação, documento produzido pela PF para informar o que foi arrecadado nos endereços, disse que espera que as investigações consigam mostrar que Ibaneis Rocha não tinha informações que mostravam a existência de risco de vandalismo em Brasília.
Assim como publicou o Brasil123, a afastamento de Ibaneis Rocha foi ordenado por Alexandre de Moraes, ministro do STF, um dia após os atos de terrorismo em Brasília. Segundo o ministro, o governador afastado foi conivente com os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
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