A defesa do ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB) acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) para pedir a revogação da prisão do político, se dispondo, inclusive, a entregar as armas que pertencem ao ex-parlamentar. No pedido, revelado nesta sexta-feira (23) pelo portal “UOL”, a defesa de Roberto Jefferson afirma que o ex-deputado possui um quadro de saúde “bastante frágil”, correndo, desta forma, um risco dentro do estabelecimento prisional.
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“Assim, reiteram-se os pedidos feitos anteriormente, para que seja revogada a prisão preventiva do Peticionário, ou, subsidiariamente, seja esta convertida em prisão domiciliar“, diz a defesa de Roberto Jefferson, que ainda afirmou que o ex-parlamentar necessita de um “tratamento intensivo clínico, psiquiátrico, com vigilância rigorosa, neurológico, nutricional e fisioterápico”.
Assim como publicou o Brasil123, no começo deste mês, Roberto Jefferson foi levado para um hospital do Rio de Janeiro após ele ter batido a cabeça em uma queda dentro da cela. Após exames, como uma tomografia “com urgência”, o ex-parlamentar, que está preso desde outubro do ano passado, voltou para a cadeia.
De acordo com a defesa, também existe o interesse em doar todas as armas de fogo e munições de Roberto Jefferson, “tanto as descritas no Termo de Apreensão, quanto as registradas em seu nome”. Conforme as informações, entre os itens estão um fuzil Smith & Wesson calibre 5.56x45mm, dois carregadores com 59 munições de calibre 5.56x45mm, 7.903 munições de uso permitido, 370 munições de uso restrito e três granadas.
Roberto Jefferson preso
Roberto Jefferson está preso desde outubro do ano passado, quando atirou cerca de 50 vezes e arremessou três granadas contra quatro agentes da Polícia Federal (PF) que foram até a sua casa cumprir um mandado de prisão expedido por Alexandre Moraes. Na oportunidade, o ex-deputado atingiu e feriu dois agentes. Ainda na ocasião, os agentes apreenderam armas, carregadores e mais de 8 mil munições.
Hoje, Roberto Jefferson é réu por tentativa de homicídio contra os quatro agentes federais, resistência qualificada, posse ilegal de armas e munições, e posse de três granadas adulteradas. Na semana passada, ele prestou depoimento para a Polícia Federal e, na oportunidade, afirmou que as armas e munições dele são legais, e que ele foi preso antes de concluir o processo de regularização e transferência das armas de Brasília para o Rio de Janeiro.
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