A defesa do ex-vereador Dr. Jairinho quer que ele, acusado de torturar e matar o enteado, Henry Borel, de quatro anos, saia da cadeia. O pedido de habeas corpus foi feito na sexta-feira (27) ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e revelado nesta segunda (30).
Jairinho está preso desde 8 de abril, um mês após o menino morrer. Além dele, a mãe do menino, a professora Monique Medeiros, também está presa preventivamente pelo crime.
Para embasar o pedido, a defesa de Jairinho afirma que ele deve ser solto porque o ex-vereador não teria mais ‘influência política’ após ter sido destituído de seu cargo na Câmara Municipal do Rio de Janeiro.
Assim como publicou o Brasil123, Dr. Jairinho teve seu mandato cassado em julho deste ano e, com a decisão, dada de forma unânime, ele perdeu o cargo e os direitos políticos pelos próximos oito anos. Com isso, segundo os advogados do suspeito, ele não teria poderes para interferir nas investigações.
“Com a cassação do mandato eletivo do paciente, não mais persiste o esdrúxulo argumento de sua influência política e a possibilidade de eventual interferência na escorreita produção da prova em juízo”, disse a defesa do acusado.
No pedido, os defensores de Dr. Jairinho também disseram que o ex-vereador, nem se quisesse, conseguiria intimidar testemunhas no caso porque elas são influentes, sendo “inimaginável” uma suposta intimidação.
“As testemunhas arroladas na denúncia, em sua maioria, são os policiais que participaram das investigações e os médicos e funcionários do Hospital Barra D’Or, sendo inimaginável a possibilidade de algum deles vir a ser subjugado a qualquer forma de intimidação”, afirmaram.
De acordo com as informações, o pedido sobre o habeas corpus do ex-vereador, que hoje se encontra na Cadeia Pública Pedrolino Oliveira, no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, no Rio de Janeiro, será analisado pelo juízo na segunda instância do Tribunal de Justiça.
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