Para Rodrigo Pacheco (PSD), presidente do Senado, a defesa da democracia é o que “mais preocupa” e o que “mais motiva” no atual momento. A fala do parlamentar foi feita nesta sexta-feira (25) enquanto ele participava do 24º Congresso Nacional do Ministério Público, em Fortaleza, no Ceará.
Nos últimos meses, o chefe do Senado tem dito que não se negocia a democracia e que o poder público tem a “obrigação” de proteger a população com “ciência, informação, equipamentos públicos e vacina”.
“De tudo que nós falamos, da responsabilidade que todos nós temos, nós do Congresso Nacional, os senhores e senhoras como representantes do MP, de todas as defesas, dos princípios, dos preceitos e valores constitucionais, este da defesa do estado de direito e da democracia é o que mais nos preocupa e o que mais nos motiva neste momento”, disse o senador.
Em outro momento, sem citar o nome de ninguém, Rodrigo Pacheco disse que, hoje, é necessário unir forças contra o que ele chamou de “inimigo comum do autoritarismo, do absolutismo, do totalitarismo e da arbitrariedade”.
No ano passado, o senador, após as declarações de Jair Bolsonaro (PL), que fez uma discurso em Brasília com ameaças golpistas, já havia afirmado que a solução para os problemas do país “não está no autoritarismo”. “Não está nos arroubos antidemocráticos, não está em questionar a democracia”, disse ele na ocasião.
Nesta sexta, ainda durante o evento em Fortaleza, o senador criticou o que ele classificou como uma “cruzada” contra as instituições do país. Como exemplo, ele citou os ataques endereçados ao Ministério Público e o Poder Judiciário, por exemplo. Para ele, essa “cruzada” é “abominável”, um “caminho para o caos”.
Rodrigo Pacheco desistiu da presidência
Anunciado no ano passado como pré-candidato à presidência da república pelo PSD, Rodrigo Pacheco voltou atrás e tentará se reeleger ao Senador. Segundo as informações, essa decisão foi tomada porque o parlamentar vê como mais seguro a tentativa de continuar no Senado. A desistência de Rodrigo Pacheco abriu espaço para Eduardo Leite (PSDB), que está tentado sair de seu partido para assumir o posto de candidato à presidência pelo PSD.
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