A Defensoria Pública da União (DPU) entrou com uma ação civil pública na Justiça do Trabalho contra a empresa Magazine Luíza. Tudo isso ainda por causa do polêmico programa de trainees só para negros. De acordo com a DPU, o programa seria ilegal.
O programa de contratação em questão pretende contratar apenas pessoas negras nesta seleção. De acordo com a empresa, trata-se de uma medida para permitir uma maior entrada dessas pessoas no mercado de trabalho.
Mas de acordo com a DPU, isso não faria sentido. Segundo o defensor Jovino Bento Júnior, que é o relator da ação, a empresa estaria cometendo uma ilegalidade. “Não é uma medida necessária”, disse na ação em questão.
Ele argumentou ainda que a medida da empresa discriminaria um grupo social. E esse grupo social seriam os brancos. Isso porque a empresa iria contratar pessoas apenas com a tonalidade de cor de pele que ela desejasse.
Recentemente, o Ministério Público do Trabalho (MPT) foi em uma direção contrária. O MPT rejeitou os inúmeros pedidos de abertura de processos por racismo. O Ministério argumentou que tudo seria uma “ação afirmativa de reparação histórica”.
Ação da Defensoria
O fato é que a ação da Defensoria Pública causou um alvoroço nas redes sociais. De um lado, muitas pessoas elogiaram a ação. Foi o caso, por exemplo, da deputada Carla Zambelli, que postou a notícia em tom de comemoração em sua rede social.
Do outro lado, ativistas políticos questionaram a ação. “Defensoria passou a poder ingressar com ACP em 2007, pra proteger vulneráveis. Aliás, qual coletividade quer proteger aqui? Brancos?”, perguntou o jornalista Thiago Amparo também no Twitter.