Rodrigo Pacheco (PSD), presidente do Senado Federal, decidiu que vai priorizar a tramitação da reforma tributária no retorno do ano Legislativo em 2022. A informação foi publicada pelo jornal “Folha de S. Paulo”, que ainda revelou que a ideia do parlamentar é tentar aprovar as mudanças no sistema de impostos com o objetivo de ganhar visibilidade e, assim, conseguir viabilizar sua disputa à Presidência da República.
A matéria ainda lembra que a estratégia de Rodrigo Pacheco deve gerar atrito com o ministro da Economia, Paulo Guedes. Isso porque o chefe da pasta é defensor da tese de que a reforma tributária deveria, sim, ser aprovada, mas de forma “fatiada”, diferentemente da maneira com que o texto tramita hoje no Senado.
No entanto, na opinião dos aliados de Rodrigo Pacheco, esse atrito não seria ruim, pois ajudaria o presidente da Casa a pavimentar o caminho até o Palácio do Planalto, visto que a popularidade de Paulo Guedes não está boa e uma indisposição com o ministro tende a ser benéfica para o parlamentar.
Em outro trecho da matéria da “Folha”, revelou-se que Rodrigo Pacheco, com o intuito de acelerar o processo, já teria, inclusive, conversado com Davi Alcolumbre (DEM-AP), presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
A conversa aconteceu porque, antes de chegar ao plenário do Senado, o texto da reforma tributária deverá receber o parecer de que é, de fato, constitucional. Nesse sentido, o pedido de Rodrigo Pacheco ao colega foi de que a análise tenha a prioridade do colegiado neste início de ano.
Reforma tributária
Em tramitação desde 2019, a reforma tributária foi um dos principais temas tratados pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) durante sua campanha. No entanto, apesar do apelo do chefe do Executivo, o tema continua sem aprovação e seu texto já foi alterado inúmeras vezes.
De acordo com o governo, a reforma tributária é necessária para simplificar o sistema tributário brasileiro. Nessa esteira, o texto espera extinguir tributos como o PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS por um Imposto sobre Operações com Bens e Serviços (IBS), modernizando assim a arrecadação de tributos e impostos para favorecer a competitividade das empresas.
Leia também: Lula cita Espanha como exemplo e dá indícios que pode revogar a reforma trabalhista caso eleito