Aliados políticos e apoiadores do deputado federal Daniel Silveira (PDT) estão fazendo uma “vaquinha” com o intuito de arrecadar dinheiro para ajudá-lo a pagar uma multa de R$ 405 mil que foi determinada por Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
A punição de Daniel Silveira, assim como foi publicado pelo Brasil123, aconteceu porque ele descumpriu as medidas cautelares impostas pela Corte, como o uso de tornozeleira eletrônica. Nas redes sociais, Coronel Tadeu (PL), deputado federal, publicou um vídeo pedindo ajuda para o colega.
Na ocasião, o parlamentar disse que o deputado é “um trabalhador como todos os outros” e “não tem a menor condição de pagar” a multa imposta pelo ministro do STF. Por conta disso, o aliado de Daniel Silveira passou uma conta PIX para que os interessados façam depósito dos valores que quiserem.
Bloqueio das contas do deputado
Por conta da multa, Alexandre de Moraes determinou que as contas de Daniel Silveira fossem bloqueadas. A ordem foi acatada pelo Banco Central nesta quarta-feira (04). A instituição financeira bloqueou também que o parlamentar receba “qualquer tipo de transferência”.
Tudo isso acontece porque, na terça-feira (03), Alexandre de Moraes determinou a manutenção de todas as restrições impostas contra o deputado federal. Além da determinação, o membro da Corte também impôs uma multa de R$ 405 mil por conta do não uso da tornozeleira eletrônica por parte do parlamentar.
Recusa em usar o equipamento
Nesta quarta, Daniel Silveira se recusou a receber a notificação sobre a ordem do STF para que ele colocasse uma nova tornozeleira eletrônica. De acordo com informações da “TV Globo”, a recusa foi enviada ao STF pelo oficial de Justiça encarregado de fazer a notificação ao parlamentar.
Ainda segundo a emissora carioca, Daniel Silveira teria sido abordado na Câmara dos Deputados e, na ocasião, se recusado a assinar o mandado. Na oportunidade, o parlamentar teria alegado que não iria usar o equipamento porque recebeu do presidente Jair Bolsonaro (PL) o perdão de sua pena. O STF entende que o perdão do chefe do Executivo não se estende para as punições financeiras ou de restrições de direito.
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