O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) variou de 0,95% em março deste ano. Este é o maior patamar para o mês de março desde 2015 (1,24%). Aliás, o IPCA-15 é considerado a prévia da inflação oficial do Brasil
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo levantamento, realiza a pesquisa apenas nas regiões metropolitanas de Belém, Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo, além de Brasília e do município de Goiânia.
Dentre estes locais, a variação mais expressiva foi registrada em Curitiba. Na capital paranaense, a inflação saltou 1,55% em março, taxa bem superior à nacional. De acordo com o IBGE, o salto dos preços na capital ocorreu, principalmente, devido à gasolina, que saltou 6,47% no mês.
Em resumo, as passagens dos transportes públicos dispararam 10,67% em Curitiba neste mês, impulsionadas pelo aumento dos preços da gasolina. As passagens dos ônibus intermunicipais também avançaram no mês (1,51%).
Apenas três locais têm inflação inferior à taxa nacional
Além de Curitiba, outros sete locais também superaram o avanço nacional em março: Goiânia (1,11% para 1,19%), Belém (0,94% para 1,15%), Rio de Janeiro (1,11% para 1,11%), Salvador (0,91% para 1,06%), Belo Horizonte (1,13% para 1,05%), Recife (0,78% para 1,05%) e Fortaleza (0,84% para 0,99%).
Vale destacar que a taxa de água e esgoto teve um forte reajuste de 8,98% em Goiânia no início de fevereiro. Dessa forma, contribuiu para a alta taxa inflacionária registrada pela capital neste mês.
Por outro lado, três capitais tiveram uma taxa inferior à inflação nacional no mês: Porto Alegre (-0,11% para 0,82%), São Paulo (1,20% para 0,71%) e Brasília (0,19% para 1,05%).
Em suma, Brasília registrou a menor taxa em março graças as fortes quedas registradas nos preços das passagens aéreas (-13,23%) e da energia elétrica (-2,34%). A saber, estes itens impactaram a inflação na capital federal de maneira negativa, fazendo a taxa desacelerar no mês.
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