O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 1,62% em março deste ano. Esse foi o maior avanço para março desde 1994, quando a taxa havia disparado 42,75%, período que antecedeu a implementação do Plano Real. Com isso, a variação acumulada nos últimos 12 meses passou de 10,54% para 11,30%.
A saber, o IPCA é a inflação oficial do Brasil. Aliás, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo levantamento, divulgou as informações nesta sexta-feira (8). E os dados vieram acima do esperado pelo mercado (11,32%).
Em resumo, a pesquisa abrange dez regiões metropolitanas do país: Belém, Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo e Vitória. Além destas, a coleta de dados também acontece nos municípios de Aracaju, Brasília, Campo Grande, Goiânia, Rio Branco e São Luís.
Curitiba tem maior inflação do país em março
De acordo com o IBGE, Curitiba teve a maior inflação entre os locais pesquisados em março. A taxa na capital paranaense saltou de 1,28% em fevereiro para 2,40% no mês passado. Assim, a capital passou da terceira para a primeira posição no ranking nacional.
Em síntese, a taxa em Curitiba ficou muito elevada devido às altas da gasolina (11,55%), do etanol (8,65%) e do ônibus urbano (20,22%) em março.
Outros cinco locais também tiveram uma variação mensal superior ao avanço nacional: Goiânia (2,10%), São Luís (2,06%), Campo Grande (1,73%) Fortaleza (1,69%) e Rio de Janeiro (1,67%).
Em seguida, ficaram Porto Alegre (1,61%), Recife (1,53%), Salvador (1,53%), Vitória (1,50%), Belém (1,47%), São Paulo (1,46%), Belo Horizonte (1,44%), Aracaju (1,43%), Brasília (1,41%) e Rio Branco (1,35%).
No acumulado dos últimos 12 meses, a maior taxa também foi a de Curitiba (14,37%). Na sequência, ficaram São Luís (12,22%), Rio Branco (12,19%), Goiânia (12,18%), Salvador (12,13%), Campo Grande (12,02%), Vitória (11,94%), Recife (11,53%), Fortaleza (11,31%) e Aracaju (11,31%). As outras variações ficaram abaixo da inflação nacional no período.
Vale destacar os pesos que cada local possui na composição da taxa nacional. Em suma, São Paulo responde por 32,28% da variação nacional. Em seguida, ficam Belo Horizonte (9,69%), Rio de Janeiro (9,43%), Porto Alegre (8,61%), Curitiba (8,09%) e Salvador (5,99%).
Já Goiânia (4,17%), Brasília (4,06%), Belém (3,94%), Recife (3,92%) e Fortaleza (3,23%) vêm na sequência. Assim, as regiões que possuem as menores taxas são: Vitória (1,86%), São Luís (1,62%), Campo Grande (1,57%), Aracaju (1,03%) e Rio Branco (0,51%).
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