Um acordo feito pela cúpula do União Brasil colocou fim aos planos de membros do partido de impugnar o projeto de Sergio Moro de ser candidato em São Paulo. De acordo com informações do jornal “Folha de S.Paulo”, os dois lados envolvidos na polêmica recuaram.
Rosângela Moro, mulher de Sergio Moro, deixa partido após dois dias filiada; entenda
Para que essa impugnação fosse retirada, o ex-ministro teve que aceitar que seu projeto vai ficar relacionado a uma candidatura para deputado ou senador, e não para a presidência da república.
Em nota divulgada neste domingo (03), o União Brasil afirmou que Sergio Moro é um “homem íntegro, capaz de enriquecer, junto às demais lideranças partidárias, a discussão sobre o futuro” que o União Brasil almeja para o país.
Na sequência, a legenda afirma que a “sua filiação ao União Brasil tem como objetivo a construção de um projeto político-partidário no estado de São Paulo e facilitar a construção do centro democrático, bem como o fortalecimento do propósito de continuarmos crescendo em todo o país”.
Crise no União Brasil
A entrada de Sergio Moro, segundo a “Folha”, acabou gerando uma crise do União Brasil. Isso porque, como publicou o Brasil123, na quinta (31), ao anunciar sua filiação à legenda, o ex-ministro afirmou que, “neste momento”, iria abrir mão de sua pré-candidatura à presidência da república, uma exigência da alta cúpula do partido.
No entanto, um dia depois, Sergio Moro disse que não havia desistido “de nada”, ou seja, uma indicação que ele continuava com seu projeto de disputar a presidência da república. Por conta dessa declaração, uma parte do União Brasil resolveu entrar com um requerimento impugnando a filiação de Sergio Moro.
Essa impugnação só foi retirada depois que o ex-ministro recuou da ideia. Segundo a “Folha”, o presidente da legenda, Luciano Bivar, afirmou ao ex-juiz que ele pode até virar candidato à presidência no futuro. Para isso, no entanto, ele teria que crescer nas pesquisas – no último levantamento ele aparecia com 8% das intenções de voto.
Leia também: Bolsonaro espera herdar parte dos votos de Sergio Moro