O ex-senador e ex-candidato à presidência da República, Cristovam Buarque, questionou por meio das suas redes sociais os quatro decretos editados pelo presidente Jair Bolsonaro que concede maior acesso da população civil a armas de fogo e munições. Cristovam mostrou-se contrário as consequências da decisão de Bolsonaro.
Primeiramente o ex-parlamentar questionou como a sociedade fará pra se desarmar no futuro. “Como vamos conseguir desarmar o Brasil, depois?”, escreveu Cristovam Buarque. Em seguida ele criticou o conceito defendido pelo presidente Bolsonaro e seus seguidores de que mais armas nas ruas coibirão a ocorrência de ações criminosas. “É idiotice pensar que aumentar armas nas ruas diminui violência”.
Em seguida Cristovam Buarque afirmou que o maior número de armas acessível nas ruas é de interesse daqueles que desejam se tornarem miliciano. “É idiotice não perceber que mais armas interessam a quem sonha ser miliciano”.
Ele concluiu a mensagem que o uso desse maior número de armas poderá ser feito por aqueles que desejam se manter no poder, mas temem perder eleições. Além de uma referência ao uso de milícias armadas pelo governo de Venezuela desde a ascensão de Hugo Chaves ao poder, também pode ser compreendido como um alerta sobre possíveis intenções de Bolsonaro.
Cristovam Buarque critica ações do PT
Recentemente Cristovam Buarque criticou as ações do Partido dos Trabalhadores e acusou a legenda de criar um impasse político para manter Bolsonaro no poder. Para o ex-senador, o desejo do partido seria de que Bolsonaro prossiga no poder para lhes permitir eleger um petista em 2022.
Ele foi duramente criticado nas redes sociais após compartilhar esse pensamento. Muitos apoiadores do Partido dos Trabalhadores passaram a chamar Cristovam de ‘golpista’. As falas seriam em referência ao apoio de Cristovam, enquanto senador, ao impeachment de Dilma Rousseff em 2016. Cristovam, que é um nome alinhado com as ideias da esquerda, é muito criticado pelos petistas desde então.