Os Estados Unidos registraram uma forte desaceleração na criação de vagas de emprego em setembro. Na verdae, a maior economia global vem apresentando números cada vez menos expressivos nos últimos meses.
A saber, o país registrou a criação de 1,053 milhão de novos postos de trabalho em julho. No entanto, o número despencou 65,2% em agosto, para 366 mil vagas. Inclusive, esse é o número revisado, pois os primeiros dados indicavam a criação de 235 mil vagas.
Em setembro, o número de vagas criadas totalizou 194 mil. Isso representa um tombo de 47% na quantidade de novos postos de trabalho no país. Aliás, os números ficaram bem abaixo das estimativas médias de analistas, que apontavam 500 mil vagas criadas no período.
Em resumo, os principais motivos que fizeram a taxa afundar foram a escassez de trabalhadores e de matérias-primas. Ambas as razões têm relação direta com o recrudescimento da pandemia da Covid-19 no país. A propósito, o Departamento do Trabalho dos EUA divulgou os dados nesta sexta-feira (8).
Vale ressaltar que o resultado sobre a criação de novos postos de trabalho exclui o setor agrícola. A saber, a diferença expressiva entre os números de julho a setembro se devem ao avanço da variante Delta, cepa mais transmissível e agressiva já sequenciada, que vem elevando os casos e mortes em todo o planeta há meses.
Nos Estados Unidos, 56,6% da população está imunizada, taxa levemente maior que a de agosto (53,2%). Isso mostra que muita gente não está se vacinando no país, o que vem provocando muitos casos e mortes. Em suma, a média de óbitos diários saltou de 360 no final de julho para mais de 2.000 em meados de setembro.
Taxa de desemprego cai para 4,8%
De acordo com o Departamento do Trabalho, a taxa de desemprego nos Estados Unidos caiu de 5,2% em agosto para 4,8% em setembro. Contudo, a taxa de desocupação segue subestimada, pois muitas pessoas se classificam de maneira errada como “empregadas, mas ausentes do trabalho”.
Esse relatório sobre o mercado de trabalho é muito importante para o Federal Reserve (Fed), banco central dos EUA. Isso porque, quanto mais positivos os números do país, mais convicto o banco estará para reduzir os estímulos que vem injetando na economia norte-americana desde o início da pandemia.
Por fim, os EUA tinham 10,9 milhões de vagas de emprego em aberto no final de julho. Esse número é um recorde e evidencia a pouca procura dos americanos por emprego. Muitos deles não se mostram dispostos a começar a trabalhar, o que faz o número de vagas em aberto ficar cada vez mais alto.
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