Nesta terça-feira (25), foi aprovada pela CE (Comissão de Educação, Cultura e Esporte) o projeto que visa a criação da Semana Nacional do Empreendedorismo Feminino. A data seria comemorada todo ano no mês de novembro, como forma de conscientizar a população sobre os desafios enfrentados pelas mulheres empreendedoras.
Relatada pela senadora Damares Alves (Republicanos-DF), o próximo passo agora é enviar a matéria será para votação na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH). De acordo com falas da senadora, não nos faltam dados e estudos que comprovam a triste desigualdade de oportunidades de colocação no mercado de trabalho entre homens e mulheres. O empreendedorismo é, assim, uma forma de a mulher lutar por condições mais equânimes, visto que as chances de sucesso, pelo menos em tese, seriam iguais para homens e mulheres empreendedoras.
Além disso, a relatora Damares propôs a declaração de prejudicialidade do PL 443/2022. Essa PL pretendia criar a Semana Nacional da Mulher Empreendedora a cada mês de agosto. Isso foi feito pois o projeto tramitava em conjunto com o PL 2.458/2019, que trata do mesmo tema e está em estágio mais avançado de tramitação.
Dessa forma, o Projeto de Lei (PL) 2.458/2019, apresentado pela deputada Paula Belmonte (Cidadania-DF) prevê a realização, pelo poder público, de campanhas de esclarecimento durante a Semana Nacional do Empreendedorismo Feminino.
Além disso, o presidente da CE, senador Flávio Arns (PSB-PR) também elogiou a iniciativa de criação da semana do empreendedorismo feminino. Em adição, ele considerou que medidas desse tipo são ferramentas que também diminuem os índices de violência contra a mulher.
Fonte: Agência Senado
Empreendedorismo Feminino no Brasil
O número de mulheres empreendedoras no país cresce a cada ano. De acordo com dados de uma pesquisa do Sebrae, através de informações do BGE, foi mostrado que no terceiro trimestre do ano passado, havia 10,3 milhões de mulheres donas de negócios no país. Isso represente que as mulheres são mais de 34% dos empreendedores.
Para completar, segundo dados do Instituto Rede Mulher Empreendedora (IRME), quase metade dos pequenos negócios no Brasil são hoje liderados por mulheres! Alguns outros dados interessantes são:
- Mais de 40% das empreendedoras sustentam suas famílias com o dinheiro do negócio;
- Quando contratam, essas mulheres priorizam outras mulheres;
- Quando os negócios dão certo, mulheres investem em melhorar a educação dos filhos, o bem-estar da família e o entorno onde vivem.
Para completar, O GEM (Global Entrepreneurship Monitor), mostrou, em sua última edição (2018), que o Brasil ficou em sétimo lugar no ranking de proporção de mulheres à frente de empreendimentos iniciais, ou seja, aqueles com menos de 42 meses de existência. Essa é simplesmente a principal pesquisa sobre empreendedorismo no mundo. Ela contou com dados de 49 países.
Como podemos perceber, é através do empreendedorismo feminino que mulheres estão construindo independência, não apenas financeira, mas também emocional. Além disso, elas estão também ganhando autoestima para lidar com diversos desafios.
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Qual a importância da Semana do Empreendedorismo Feminino?
Incentivar e disseminar as possibilidades das mulheres empreenderem é muito importante e vantajoso. Assim, além de contribuir para o crescimento da economia e para a criação de empregos, o empreendedorismo feminino também se torna capaz de transformar as relações sociais.
Isso também é representado dentro de grandes empresas, onde mulheres atuam como líderes. Essas lideranças femininas são capazes de diversificar pontos de vista, e influenciar de maneira positiva a tomada de decisões. Isso acaba contribuindo diretamente para uma maior visibilidade das questões de gênero. Isso ocorre tanto no cotidiano com os colegas de equipe quanto na relação cliente/prestador de serviço.
Além disso, as empreendedoras mulheres empoderadas são capazes de influenciar e inspirar outras mulheres. Isso pode ser feito através do compartilhamento de suas histórias. Dessa forma, elas acabam ajudando outras mulheres a superarem os obstáculos e desafios.
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Desafios enfrentados pelas mulheres empreendedoras
Mesmo com todo o cenário positivo de crescimento, ainda existem diversos avanços a serem feitos. Isso pois as mulheres ainda enfrentam muitas dificuldades no mercado de trabalho. Além disso, esses empecilhos também fazem parte do dia a dia das empreendedoras no país. Sendo assim, veja abaixo alguns dos principais obstáculos que as mulheres enfrentam durante suas jornadas empreendedoras.
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Preconceito
A discriminação no ambiente de trabalho e a diferença de oportunidades em relação aos homens ainda persistem. Mesmo com muitos anos de luta, ainda existe um longo caminha a ser andado no que diz respeito a essa questão.
Entretanto, o preconceito é algo que já vem sendo discutido ao longo dos anos e mudanças consideráveis já podem ser vistas. Há alguns anos atrás, não era possível para uma mulher se posicionar e exigir seus direitos, o que já pode ser feito em grande parte dos ambientes atualmente – o que inclui o cenário do trabalho.
Dupla jornada
Além do preconceito, as mulheres precisam conciliar todas as suas responsabilidades da vida pessoal com a profissional. Muitas vezes responsáveis pelo cuidado com o lar e com os filhos, essas mulheres acabam trabalhando muitos mais do que seus companheiros, quando esse é o caso. Com certeza é um cenário muito desafiador, mas não impossível!
Muitas mulheres se tornam capazes de gerenciar suas duplas (ou até mesmo triplas) jornadas através de uma boa organização e um planejamento eficiente, contando com ajuda de seus familiares. Por meio de uma gestão eficiente do tempo e com a divisão de responsabilidades entre os membros da família, a empreendedora encontrará mais harmonia entre os papéis que desempenha.
Autoconfiança
O medo de falhar aterroriza muitas mulheres. Muitas foram desencorajadas durante boa parte da vida a não correr atrás dos seus sonhos. Por esse motivo, empreender acaba se tornando algo assustador, e com muitas chances de dar errado. Nesses momentos, é sempre muito importante ter em mente que fracassar faz parte, desistir, não.
Como forma de melhorar a autoconfiança, o ideal é procurar cursos que ajudem no desenvolvimento de habilidades técnicas e pessoais, para assim ter mais segurança nas tomadas de decisões.