Os brasileiros sentiram um leve aumento no crédito pessoal em outubro. Pelo menos é isso o que aponta uma pesquisa do Procon-SP, que revelou que o crédito ficou 2,78% mais caro neste mês.
A saber, o levantamento analisa as taxas praticadas pelos maiores bancos do país. Na comparação com setembro, houve um aumento de 0,20 ponto percentual da taxa média do crédito. Nesse caso, os encargos médios passaram de 7,20% para 7,40% ao mês entre setembro e outubro.
Em resumo, o Itaú foi quem mais contribuiu com a alta mensal. Isso porque o banco mudou a sua taxa de 8,34% para 9,53% ao mês. O Bradesco também elevou sua taxa, mas de maneira bem menos expressiva, de 9,76% para 9,78%.
Vale destacar que os bancos pesquisados são: Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Itaú, Safra e Santander. A propósito, veja abaixo as taxas de cada um dos bancos em outubro:
- Bradesco: 9,78%
- Itaú: 9,53%
- Santander: 7,89%
- Banco do Brasil: 6,57%
- Safra: 5,90%
- Caixa Econômica Federal: 4,72%
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Taxa do cheque especial fica estável
De acordo com o levantamento, os brasileiros que recorreram ao cheque especial não pagaram mais caro. Em síntese, a taxa média dos bancos pesquisados ficou em 7,96% neste mês, mesma taxa desde fevereiro do ano passado.
A taxa não vem sofrendo alteração nos últimos meses devido a uma resolução do Banco Central (BC) de novembro de 2019. A saber, a cobrança da taxa de juros do cheque especial é limitada a 8% para pessoa física. Por isso que os bancos ficam impedidos de aumentar a taxa, que permanece próxima ao teto permitido.
Vale destacar que o BC revelou no mês passado que os juros do cartão de crédito rotativo ficaram em 398% ao ano em agosto. Esse é o maior patamar para a modalidade desde agosto de 2017 (428% ao ano).
Na verdade, essa é a linha de crédito mais cara do mercado. Por isso, os analistas recomendam que o consumidor a evite, seja qual for a situação em que estiver.
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