Os senadores responsáveis pela CPI afirmaram que pretendem interrogar Queiroga, atual ministro da Saúde, e Pazuello, ex-ministro da Saúde, mais de uma vez. Queiroga foi interrogado na manhã de ontem (06) e afirmou que sempre defendeu a saúde e a vacinação. Ao ser interrogado sobre a cloroquina e às vezes que defendeu a autoridade médica para o tratamento precoce, tentou mudar de assunto.
Para Queiroga, questionaram também sobre os números falsos que o mesmo vem divulgando, em suas redes sociais, sobre a pandemia. O mesmo teria dito que o Brasil teria comprado mais de 282 milhões de doses, sendo que isso não aconteceu.
O atual ministro, antes de assumir o cargo, afirmou que iria seguir a mesma cartilha que o presidente e Pazuello, e declarou que defendia o tratamento com cloroquina. No entanto, mudou o discurso durante a CPI.
Já Mandetta liberou uma carta que havia encaminhado ao presidente Bolsonaro avisando sobre os riscos da pandemia. Disse que foi obrigado a sair do cargo de ministro da Saúde após contradizer o presidente, que não podiam trocar a bula da cloroquina.
Teich, que assumiu o cargo posteriormente, disse que não tinha autoridade, mas que Bolsonaro não o pressionou para a mudança da bula da cloroquina, por estar no início da administração no ministério.
CPI desconfiada
Pazuello também deveria se apresentar, entretanto, argumentou que estava com Covid-19. Randolfe afirmou que iriam adiar para o dia 19 de maio o depoimento para que seja realizado fisicamente, contudo, quer que o exame do coronavírus que Pazuello disse ter feito, seja entregue para que os senadores confirmem a veracidade. Estão desconfiados de que o ex-ministro tenha elaborado a doença com o intuito de poder prestar o depoimento online.
Os senadores argumentam que pretendem ouvir a ambos mais de uma vez e presencialmente para que consigam encontrar contradições no discurso. Além disso, pretendem explorar mais sobre assuntos que ficaram de lado durante o interrogatório que levou horas para terminar.
Caso seja comprovado que o presidente cometeu crime de responsabilidade em relação à pandemia, pode ser proibido de se candidatar para as eleições no ano de 2022.