A sessão da CPI dos Atos Golpistas que ocorreu na tarde desta quinta-feira, dia 22 de junho, em Brasília foi marcada por discussões e sucessivos bate-bocas. Os senadores Rogério Correia (PT-MG) e Jorge Seif (PL-SC) se desentenderam e soltaram gritos de “cala a boca”, em outros momentos houve xingamentos.
A discussão entre senadores
Quando o deputado Rogério Correia (PT-MG) falou que “todos os bolsonaristas da CPI disseram que o senhor é um solitário, um tresloucado, um aloprado”, o senador Jorge Seif (PL-SC) começou a pedir a palavra e assim iniciou a discussão na CPI.
Correia disse: “Não dê questão de ordem, não quero que ninguém me interrompa”, e Seif retrucou que “ele fica atrapalhando todo mundo, ele tá falando ‘todo mundo’, o professor tá falando ‘todo mundo’, mas ele não ouviu isso de mim”.
Em seguida, Correia mandou o senador calar a boca e recebeu um “cala boca é o caralho” de Seif, que continuou “ele tá falando todo mundo e eu não sou todo mundo”.
Golpistas contrariam peritos na CPI dos Atos Golpistas
George Washington de Oliveira Sousa, condenado por armar uma bomba na entrada do Aeroporto de Brasília no dia 24 de dezembro do ano passado, afirmou nesta quinta-feira (22) em depoimento à CPI dos Atos Golpistas que o artefato não tinha poder explosivo.
A afirmação contraria a fala de peritos da Polícia Civil do DF que, mais cedo, também falaram à comissão e afirmaram que o risco letal de uma eventual explosão chegaria a 300 metros do caminhão onde foi colocado o explosivo. O veículo estava carregado de querosene de aviação.
George Washington de Oliveira Sousa veio do Pará para Brasília participar de manifestações em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele foi preso ainda em 24 de dezembro, dia da tentativa de explosão. De acordo com a polícia, depois de montar o artefato, ele entregou o objeto para uma outra pessoa que ficou responsável por levar o dispositivo até a região do Aeroporto JK.