Reunião para apresentar plano de trabalho da CPI do MST gera tumulto e divergência, provocando acaloradas discussões e até bate boca entre deputados presentes.
Assim, o deputado Ricardo Salles (PL-SP), relator da Comissão Parlamentar de Inquérito, que investiga crimes supostamente ligados ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, apresentou nesta terça-feira o plano de trabalho. O que deve durar 120 dias, podendo receber prorrogação, se necessário.
Então, entre acusações e defesas contundentes, foram decididos alguns passos para os próximos dias de trabalho.
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Divergência de opiniões
Se estivéssemos falando de reality show, a expressão para definir o momento seria “fogo no parquinho”. Em contrapartida ao texto da CPI do MST, diferentes deputados levantaram sua opinião.
Primeiramente, a deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR) questionou o fato de o texto dizer que houve crimes, contendo desta maneira, relatório prévio. Já o deputado Nilto Tatto (PT-SP) reclamou a ausência de inquérito em relação a grandes fazendeiros. Da mesma forma, o deputado Valmir Assunção (PT-BA) opinou dizendo que a CPI tem apenas a função de dar “palanque político” para o grupo perdedor das últimas eleições.
Enquanto isso, Valmir Assunção também saiu em defesa do MST, afirmando que essas pessoas possuem “papel fundamental na luta pela reforma agrária, agricultura familiar e preservação ambiental”. Enfim, em resposta, o deputado Capitão Alden (PL-BA) alegou que possuem relatos que mostrarão “a verdadeira faceta” deste movimento e, como ele mesmo citou, “um movimento terrorista”.
Pessoas que receberão convite ou convocação para a CPI do MST
De acordo com os requerimentos que os deputados apresentaram, definiu-se alguns nomes para participar de oitivas na comissão parlamentar de inquérito. Assim, os primeiros que apareceram nesta lista foram o líder do MST, João Pedro Stédile, e da Frente Nacional de Lutas (FNL), José Rainha Junior.
A CPI também ouvirá os ministros:
- Carlos Fávaro, Agricultura;
- Paulo Teixeira, Desenvolvimento Agrário;
- Flávio Dino, Justiça.
Ademais, também devem comparecer os promotores de Justiça, líderes de associações que têm ligação com trabalhadores e donos de propriedades rurais, bem como presidentes de órgãos públicos.
Alguns dados da CPI do MST
Essa Comissão Parlamentar de Inquérito, criada para investigar crimes relacionados ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), teve sua instalação no dia 17 de maio. A saber, ela conta com 27 titulares e com o mesmo número de suplentes.
Além disso, tem como presidente o Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RS) e como relator o deputado Ricardo Salles (PL-SP).
Resultados da reunião
Mesmo sob intensa discussão e com muitas opiniões divergentes, os trabalhos tiveram andamento e os deputados já apresentaram 130 requerimentos, cuja maioria é referente a convites e convocações.
Além do mais, o presidente da CPI, Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RS) marcou nova reunião, onde segundo ele mesmo informou, haverá deliberação de quinze convites que já teve análise concluída pela presidência.
Conseguiu se inteirar de todas informações sobre a CPI do MST? O que mais você gostaria de saber sobre esse assunto? Faça sua pergunta nos comentários.