Rodrigo Pacheco (PSD), presidente do Senado, deve autorizar nesta terça-feira (05) a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Ministério da Educação (MEC), que terá como intuito investigar o gabinete paralelo da pasta.
De acordo com informações do jornal “O Estado de São Paulo”, a expectativa da oposição é que a apuração, com audiências, convocações e quebras de sigilo, deva começar em agosto, mesmo mês em que é iniciada, de maneira oficial, o período de campanha eleitoral.
Por outro lado, o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) espera adiar o funcionamento da CPI para depois das eleições. O objetivo, com isso, seria evitar desgastes ao Planalto poucos meses antes da votação. Segundo o jornal, uma reunião deve acontecer na manhã desta terça entre Rodrigo Pacheco e líderes partidários. Na ocasião, o presidente da Casa deve ler o requerimento de instalação no mesmo dia no plenário.
A comissão deve ser instalada por conta das suspeitas de que pode ter existido um esquema de distribuição de verbas e controle da agenda do Ministério da Educação. Assim como já publicou em outras oportunidades o Brasil123, os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura são acusados de terem mantido controle sobre a atuação do ex-ministro Milton Ribeiro.
Na ocasião, os líderes religiosos intermediavam encontros com prefeitos e, desta forma, cobravam propina em troca de liberação de recursos da educação para prefeituras. O três, e mais duas pessoas, foram presos no mês passado, mas acabaram sendo liberados um dia depois.
Mesmo após a leitura do requerimento feito pelo presidente do Senado, os parlamentares que assinaram o pedido para que a comissão fosse aberta podem retirar seus nomes da solicitação. Isso, pelo menos até a indicação da direção da CPI, algo que deve acontecer até o próximo dia 15 de julho. Segundo o “Estado de São Paulo”, um dos focos principais é apurar uma suposta participação de Bolsonaro no esquema e ampliar os desdobramentos da investigação.
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