Nesta quarta-feira (05), em depoimento para a CPI da Covid-19, o ex-ministro da Saúde, Teich, afirmou que saiu do governo porque o presidente Bolsonaro continuava insistindo na cloroquina, mesmo os estudos comprovando que era ineficaz.
Apesar disso, não recebeu nenhuma ordem direta para que houvesse uma mudança na bula de remédio como afirmou Mandetta, ontem (04). Mandetta argumentou para a CPI que o presidente estava pressionando para que a Anvisa colocasse na bula da cloroquina o tratamento da Covid-19.
Um dos principais intuitos desta investigação é a análise de possíveis omissões do governo que fizeram desencadear mais de 412 mil mortos. Enquanto isso, a quantidade de brasileiros vacinados continua em 6,9%, o equivalente a 14 milhões.
Marcelo Queiroga, atual ministro da Saúde, afirmou que nesta semana deveriam entregar novas levas. Quando assumiu o cargo, disse em seu discurso que iria obedecer ao que fosse proposto pelo presidente, que é autoridade máxima do governo.
Ministro com Covid-19?
O dia também esperava o depoimento de Eduardo Pazuello, que ficou cerca de 10 meses no cargo. No entanto, a entrevista foi adiada. O depoimento foi marcado presencialmente para o dia 19 de maio. Arthur Lira, presidente da Câmara, afirmou que o país deve se preocupar com fatores mais importantes no momento e não com a politização do coronavírus.
Pazuello afirmou que encontrou-se com pessoas que estavam contaminadas e que seria quase improvável que comparecesse: “Ele vai sem máscara para o shopping e não pode vir para a CPI”, reclamou a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA).
Durante as entrevistas ontem (04), Mandetta declarou que enviou uma carta para o presidente informando que desde janeiro já haviam registrado casos atípicos. O texto foi liberado pelo G1.
As investigações foram impostas por pedidos dos senadores ao Supremo Tribunal Federal (STF). Estes, argumentavam que o Senado e a presidência estava ignorando todos os pedidos de investigação a fim de defender o presidente.