O relator da CPI da Covid-19, o senador Renan Calheiros (MDB-AL), defendeu a convocação do ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Onyx Lorenzoni nesta sexta-feira (09). De acordo com ele, o pedido aconteceu porque o governo não está enviando à comissão documentos sobre a negociação da vacina indiana Covaxin. Sendo assim, a convocação seria sob a alegação de “obstrução de informações”.
A declaração do relator aconteceu quando ele tentava comparar a nota fiscal internacional da Covaxin, chamada de invoice, apresentada pelo depoente desta sexta (09), o técnico da Saúde William Santana, com aquela apresentada por Onyx Lorezoni durante uma coletiva de imprensa realizada há duas semanas.
A comparação acontece porque Renan Calheiros quer provar que Onyx apresentou uma invoice que não existiu no processo de compra da Covaxin. No dia da apresentação dessa nota fiscal internacional, o ministro tentou desqualificar as denúncias de que havia irregularidade nas negociações com a Covaxin.
“Peço a imediata convocação do Onyx para que venha depor sobre o crime de falsidade, ao expor à nação um documento que sequer existe, falso. Portanto, a sua presença nessa comissão é importantíssima”, disse Renan Calheiros, que ouviu do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI da Covid-19, que a convocação de Onyx será votada na semana que vem.
No mesmo sentido de Renan Calheiros, Randolfe Rodrigues também criticou o governo por não enviar à CPI os documentos solicitados. “Essa CPI tem sido vítima de uma reiterada obstrução de informações. Até hoje, o governo não entregou o processo inteiro relativo à Precisa, empresa brasileira do contrato da Covaxin”, começou o senador.
“Mesmo requisitado, a Casa Civil, embora o ministro Onyx tenha apresentado em coletiva, não apresentou a essa CPI. Não sei porque procede dessa forma. Só posso imaginar que ele talvez esteja querendo esconder alguma informação”, completou Randolfe.
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