Nesta terça-feira (11), estão ocorrendo os novos depoimentos da CPI tendo como participação o presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Antônio Barra Torres. Ele negou que tenha sofrido qualquer tipo de pressão pelo presidente Bolsonaro para que não aprovasse as vacinas da Covid-19 e mudasse a bula da cloroquina, como afirmou Mandetta em seu depoimento.
O presidente da Anvisa disse que se for necessário, também iria liberar as mensagens de WhatsApp que trocou com o presidente para mostrar que não houve pressões ou tentativas disso.
Mandetta havia argumentado, no dia 04 de maio, que enviou uma carta para o presidente informando todos os riscos que a pandemia poderia trazer para o país. Disse que sofreu pressões para que mudasse a bula da cloroquina e a usassem como tratamento precoce.
Teich, ministro da Saúde após Mandetta, argumentou que apesar de não ter autoridade para liderar o Ministério, nunca foi pressionado para mudanças da bula.
Foi o senador petista Humberto Costa quem realizou algumas perguntas para o presidente da Anvisa visto que em muitos momentos Bolsonaro chamou o órgão de “minha Anvisa”.
“Nunca fez nenhum tipo e, se o fizesse, não só presidente como qualquer governador, senador, deputado, a minha conduta, eu estou aqui para me pautar numa linha. Se ficar tergiversando para lá e para lá, não é uma linha, é sinuosa”, respondeu Barra Torres.
Apesar de isentar o presidente desta culpa, criticou que o mesmo faz as aglomerações e que isso não deveria acontecer em um momento de pandemia. Tanto Pazuello quanto Queiroga devem ser entrevistados mais de uma vez tendo em vista que ambos estavam na liderança quando começaram a ocorrer os maiores picos.
CPI da Covid-19
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) deve investigar as possíveis omissões do governo federal durante a pandemia da Covid-19. Para isso, irão chamar aqueles que estavam envolvidos com o governo como os ministros e até mesmo Paulo Guedes, da Economia, que foi acusado de não se interessar sobre a pandemia.
Renan Calheiros é contra o atual governo e deve ser um dos principais responsáveis pelas investigações. Ele já atuou três vezes como presidente do Senado e tem mais de 26 anos de experiência no ramo da política. Seu mandato deve terminar em janeiro de 2027.