Localizada na região administrativa do Sol Nascente, no Distrito Federal, a Cozinha Solidária da comunidade atende dezenas de famílias diariamente. Na prática, são 120 refeições distribuídas em seu ponto, que também é um espaço de organização dos moradores.
O equipamento é um dos 2,77 mil mapeados pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) no país.
Cozinha Solidária
A presidente do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), Elisabetta Recine, explica que a cozinha solidária serve como um polo de articulação entre várias iniciativas da agricultura familiar, agricultura urbana, de hortas comunitárias, do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e potencializa essa série de ações.
“A cozinha solidária é uma experiência genuinamente popular. Ela não fornece apenas refeições saudáveis para as famílias, ela também vira um polo de organização e de desenvolvimento da comunidade”, detalhou.
“Aqui a comunidade se encontra, reestabelece vínculos comunitários, de solidariedade e empodera as pessoas rumo à autonomia”, completou Recine.
Uma das beneficiadas pela tecnologia social é Jéssica Cristina Sousa, que se alimenta no local todos os dias. Ela, os quatro filhos, irmã, sobrinhos e pais almoçam e, por vezes, levam a janta para casa.
“A comida aqui é maravilhosa. As pessoas daqui também são maravilhosas. Ajuda muito”, sinaliza.
“Muitas famílias têm que escolher, ou almoçam, ou jantam. Eu penso todos os dias nisso. Inclusive, eu não acreditava nesse trabalho. Mas depois que eu passei a fazer (parte dele), percebi como faz diferença você ter para dar aos outros. A gente serve almoço, mas sabemos que tem gente que não tem outra refeição, aí mandamos para a janta também”, contou Sirleide dos Santos, a Bisa, uma das cozinheiras da iniciativa.
Projeto
A Cozinha Solidária do Sol Nascente começou a funcionar durante a pandemia de Covid-19.
No início, eram distribuídas cestas básicas, mas depois de casos de acidentes e queimaduras, já que as famílias cozinhavam com lenha – por não conseguirem comprar gás de cozinha – o local passou a oferecer as refeições prontas.
Na comunidade, a cozinha solidária ainda tem uma interconexão com o Programa de Aquisição de Alimentos, fundamental para a segurança alimentar no país.
Quinzenalmente, Francisca Ferreira, a Chiquinha, entrega a produção da agricultura familiar no local.
Ela faz parte da Associação Agroecológica das Mulheres Rurais, uma cooperativa com cerca de 40 mulheres do Assentamento Canaã, também no Distrito Federal.
“Não tem canseira, não. Estava hoje às 6h da manhã colhendo os alimentos para trazer para cá e não tem canseira”, descreveu.
“Aqui, nós temos a condição da segurança alimentar. Com alimento saudável, que vem fresquinho, produzido pela agricultura familiar na própria região”, comentou o ministro Wellington Dias.
Por fim, vale destacar que na terça-feira (5), durante a plenária do Consea, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assina o Decreto que regulamenta o Programa Cozinha Solidária.
Fonte: Assessoria de Comunicação do MDS