Nas últimas semanas, foi possível observar um crescimento constante no número de novos casos de covid-19 em todo o país. Acima de tudo, isso se deve a queda na adesão da quarentena e ao grande número de aglomerações em todo o país. Como resultado, dezembro passou a ser o mês com mais mortes em decorrência da doença desde o mês de setembro.
De acordo com registros das secretarias estaduais de saúde, o número de mortes em decorrência da covid-19 cresceu 64,45% entre os meses de novembro e dezembro. Além disso, é a primeira vez desde julho que o número de mortes não diminui, quando comparado ao mês anterior.
Covid-19 no Brasil
Atualmente, o Brasil está se aproximando da marca de 200 mil óbitos em decorrência da covid-19 e mais de 7,8 milhões de casos registrados. Entretanto, para os especialistas, esse número pode ser muito maior do que mostram os dados oficiais.
Atualmente, existe um grande número de mortes sem explicação e, desde o início da pandemia, houve a subnotificação. Como resultado, especialistas estimam que o número real de mortes em função da covid-19 pode ser 50% maior do que apontam os registros oficiais. Recentemente, o médico e ex-ministro da Saúde, Nelson Teich, afirmou que estima cerca de 230 mil mortes no país em decorrência do vírus.
Segundo o ex-ministro, o planejamento para a vacinação contra a covid-19 feito pelo governo federal errou em todos os critérios. De acordo com o ministro do Superior Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, o atraso para a vacinação no país “já passa do tolerável”. Em todo o mundo, diversos países já deram início à imunização de sua população contra o vírus.
Apesar do plano de vacinação contra a covid-19 divulgado pelo governo federal, a falta de coordenação nas ações de combate a pandemia poderão gerar atrasos. Segundo a pesquisadora Margareth Dalcomo, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o Brasil não deverá ter vacinação antes de fevereiro.