Logo após o Instituto Butantan, responsável pela fabricação da CoronaVac no Brasil, anunciar a eficácia de 78% da vacina contra a covid-19, o Ministério da Saúde assinou contrato para compra do imunizante. De acordo com o Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, o acordo incorpora em sua totalidade a produção realizada pelo Instituto Butantan.
Dessa forma, 46 milhões de doses da vacina serão incorporadas ao Plano Nacional de vacinação contra a covid-19 até o mês de abril. Além disso, outras 56 milhões de doses da CoronaVac serão entregues ao longo do ano, totalizando 100 milhões de doses.
Acima de tudo, as doses obtidas pela parceria com o Instituto serão distribuídas de forma igualitária entre os estados brasileiros. Do mesmo modo, serão distribuídas as vacinas da Astrazeneca/Universidade de Oxford, conforme Pazuello já havia anunciado. A vacinação no país será gratuita e não obrigatória.
De acordo com o ministro, o novo contrato só foi possível graças a medida provisória editada ontem pelo governo federal. A medida autoriza que o governo federal adquira vacinas antes da obtenção do registro dos imunizantes na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Entretanto, a aplicação das doses contra a covid-19 só poderá ser realizada após a aprovação da agência para uso emergencial ou registro definitivo.
Vacina de Oxford na campanha contra Covid-19
Segundo o ministro, a compra da vacina da AstraZeneca/Universidade de Oxford foi “a melhor na época”. O acordo firmado na época estabelece a transferência de tecnologia para produção da vacina pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O investimento total é de 1,9 bilhão. Espera-se produzir 20 milhões de doses da vacina contra a covid-19 mensalmente com o acordo. Em pronunciamento, Pazuello afirmou que o Brasil já tem disponíveis 254 milhões de doses da vacina da AstraZeneca.
No início do mês, a Anvisa terminou a análise dos documentos apresentados pela AstraZeneca. Entretanto, ainda deverão ser entregues novos documentos, com previsão para 15 de janeiro. Para garantir o suprimento da demanda de vacinas contra a covid-19 no país, a Fiocruz vai comprar doses do imunizante de fabricante indiano, o Instituto Serum. O primeiro lote de vacinas está previsto para ser entregue até 12 de fevereiro.