O Ministério da Saúde, agora sob a administração da ministra Nísia Trindade, revelou nesta sexta-feira (06) que falta vacinas contra a Covid-19 para crianças. Por conta disso, a secretária de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, relatou que a pasta está negociando com a Pfizer a antecipação das entregas de imunizantes previstas para o fim deste mês.
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Em entrevista coletiva realizada em Brasília, Ethel Maciel relatou ter recebido o ministério com desabastecimento de vacinas pediátricas. De acordo com ela, existem cerca de 3,2 milhões de vacinas para crianças de seis meses a quatro anos previstas para serem entregues pela Pfizer até o fim de janeiro, mas a pasta quer adiantar a entrega.
Durante a entrevista, a secretária relatou que a vacinação é o principal foco do Ministério da Saúde neste começo de administração. Isso, porque a cobertura básica com duas doses sem reforço não chega a 80% da população, enquanto as duas doses mais reforço não chega a 50% da população.
Atualmente, o esquema ideal de vacinação contra a Covid-19 junta duas doses primárias mais a dose de reforço. Segundo Ethel Macial, além da Pfizer, o Ministério da Saúde pretende retomar as negociações com o Instituto Butantan, pois a CoronaVac, desenvolvida pela entidade, é fundamental para a vacinação do público infantil.
Nova subvariante da Covid-19
Nos últimos dias, foi revelado no Brasil o primeiro caso da XBB.1.5, que é uma ramificação da variante ômicron. Essa subvariante foi encontrada em uma paciente de 54 anos de Indaiatuba, cidade no interior de São Paulo.
Nesta sexta, Ethel Maciel comentou que a informação é que a subvariante é de alta transmissibilidade. “Queremos retomar esses esquemas vacinais, pessoas com dose em atraso”, disse ela, completando que, atualmente, mais de 100 milhões de pessoas estão com doses em atraso. “É nesse foco que o Ministério da Saúde vai atuar”, afirmou a representante da pasta.
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