O preço da tonelada do alumínio atingiu a maior cotação desde 2008. A saber, o valor chegou a US$ 3 mil dólares na madrugada desta segunda-feira (13) em meio às restrições de produção na China. Além disso, um golpe de Estado na Guiné afetou diretamente as expectativas do mercado, que se preocupa cada vez mais.
Em resumo, o governo chinês vêm impondo restrições às produções de carvão no país. E o material é a fonte de energia das fundições chinesas. O resultado dessas medidas é preocupante, uma vez que a demanda deve crescer no quarto trimestre devido à chegada do inverno. Assim, a produção restritiva deve elevar ainda mais o preço do carvão nos próximos meses.
Ao mesmo tempo, a China vem pedindo para algumas fundições paralisarem suas produções. Dessa forma, objetiva a redução do consumo de energia elétrica no país. No entanto, os planos nacionais estão, inversamente, elevando a demanda devido aos investimentos em infraestrutura do país.
Assim, os analistas já consideram que o risco político está crescendo sobre o alumínio na China e ainda mais na União Europeia (UE). Por falar na UE, as fundições europeias também estão recebendo bastante peso do aumento dos preços da eletricidade e do imposto sobre o carbono.
A propósito, o alumínio é utilizado, principalmente, nos setores de transporte e construção. Sua demanda segue elevada com a recuperação econômica global após a pandemia da Covid-19. Aliás, outros metais industriais também estão sendo mais procurados. Mas o alumínio sofre mais devido aos problemas citados.
Golpe na Guiné aumenta preocupações sobre alumínio
O preço do alumínio também segue em níveis bastante elevados por causa do golpe de Estado na Guiné. Em suma, o país é o segundo maior produtor mundial de bauxita, e esse é simplesmente o matérial-chave na fabricação do alumínio. Contudo, as exportações do país estão funcionando de maneira normal, por enquanto. Por isso, alguns acreditam que os temores são exagerados.
Aliás, a China importa 47% da bauxita da Guiné, segundo a consultoria de matérias-primas CRU. Isso mostra que os acontecimentos em ambos os países afeta diretamente a cotação do alumínio. A consultoria CRU explicou que o país asiático vem aumentando as compras de bauxita da Guiné devido “a uma deterioração na qualidade e quantidade das reservas nacionais”.
Por fim, o Canadá também registrou greve em uma fundição de alumínio, o que ajudou a impulsionar o preço do mineral. Além disso, houve um incêndio em uma refinaria na Jamaica, de acordo com Daniel Briesemann, analista do Commerzbank.
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