Adriano da Nóbrega, miliciano morto durante um confronto com policiais militares em fevereiro de 2020, foi exumado a pedido do Ministério Público da Bahia (MP-BA). O criminoso foi morto na cidade de Esplanada, na Bahia, depois de passar mais de um ano foragido.
O miliciano era suspeito de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em março de 2018. Em nota divulgada nesta terça-feira (13), o MP-BA afirmou que o laudo desta nova exumação ainda não foi divulgado.
Além disso, o MP-BA não informou a data da exumação. Todavia, afirmou que o ato foi feito com o intuito de se realizar novos exames, com o objetivo de detalhar as lesões causadas pelos tiros. Agora, informou o órgão, as informações deste novo laudo serão comparadas com os relatos dos policiais que participaram da ação.
Além disso, com a nova análise, afirma o MP-BA, que relatou que a autorização para a exumação foi dada pelos tribunais de Justiça da Bahia e do Rio de Janeiro, será possível analisar a distância que os tiros foram disparados, a partir das lesões causadas.
Outros laudos da morte do miliciano
Outros dois exames já haviam sido feitos no corpo de Adriano da Nóbrega. Todavia, neste novo laudo, os peritos analisarão com mais exatidão as trajetórias dos disparos que atingiram o miliciano.
No ano passado, a Polícia Civil da Bahia havia concluído que o ex-policial militar não havia sido executado. À época, José Carlos Montenegro, o perito criminal que apresentou os resultados da reconstituição do caso, disse que Adriano da Nóbrega foi atingido por 2 tiros.
De acordo com o perito, os disparos aconteceram após ele ter atirado sete vezes contra três policiais que entraram na casa onde ele estava escondido.
Relação com a família Bolsonaro
Adriano da Nóbrega também era investigado por participar do suposto esquema de desvio de salários de funcionários do gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro. Os desvios ficaram conhecidos como o “esquema das rachadinhas”, e teria acontecido na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).
Além disso, o miliciano também era apontado como o chefe do Escritório do Crime, um grupo que reúne policiais e ex-policiais que matam pessoas em troca de dinheiro. Considerado pelos policiais uma pessoa violenta, o criminoso ficou foragido de janeiro de 2019 até fevereiro de 2020.
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