Nesta quinta-feira, 7 de janeiro, o governo de São Paulo participou no início da tarde de uma coletiva de imprensa na qual foram apresentados os dados da CoronaVac. Há semanas esperava-se que o Instituto Butantan, responsável pela fabricação da vacina chinesa no Brasil, divulgasse os resultados relacionados à sua eficácia. Anteriormente, a Turquia, um dos países que vai adotar o imunizante do laboratório Sinovac já havia anunciado que a eficácia da vacina era de 91%.
Entretanto, para obter a liberação para o uso emergencial da CoronaVac, foi preciso realizar novos testes, desta vez em território nacional. Os testes no Brasil são um dos requisitos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a regulamentação da vacina. Contudo, a demora para que o fossem apresentados os dados relacionados à eficácia da vacina levou a rumores de que haveria um problema com o desenvolvimento do imunizante, que chegou a ter os testes pausados devido a um “evento adverso grave”.
Eficácia da CoronaVac
De acordo com os dados apresentados nesta quinta-feira, a CoronaVac possui uma eficácia de 78% contra os casos leves de covid-19. Além disso, a vacina foi 100% eficaz contra os casos moderados e graves da doença. Ou seja, mesmo aqueles que tomaram a vacina e foram infectados pelo vírus, tiveram casos leves da doença. Não foi registrada diferença na eficácia da CoronaVac entre os jovens e idosos.
O programa de vacinação em São Paulo está previsto para ter início em 25 de janeiro. Em primeiro lugar, serão imunizados idosos, portadores de comorbidades, profissionais da área da saúde, indígenas e quilombolas. No total, a primeira fase da campanha deverá imunizar 9 milhões de pessoas.
O pedido para o uso emergencial da CoronaVac no estado foi enviado à Anvisa. A agência terá o prazo de 10 dias para retornar seu parecer. Recentemente, o governo estadual afirmou já ter comprado 71% das seringas necessárias para viabilização da campanha de vacinação em São Paulo.