A Coreia do Norte informou, nesta quarta-feira (15), que efetuou dois disparos de mísseis ontem. De acordo com o comunicado, os projéteis alcançaram uma distância de 620km e caíram no mar do Japão.
Segundo Kim Jong-un, presidente do país, a ideia é mostrar que os coreanos podem “aniquilar o inimigo” em caso de um ataque planejado contra o país.
O lançamento dos mísseis acendeu mais um sinal de alerta na região, que vem sofrendo com constantes exercícios militares. Além da Coreia do Norte, a China também vem demonstrando seu poderio militar na região. Ambos os países são parceiros comerciais.
Coreia do Norte intensificou os exercícios militares
O lançamento dos mísseis na região, efetuados pela Coreia do Norte, não são novidade. Isso porque o país já fez outros projetos militares na região. Contudo, um lançamento não havia alcançado essa distância, o que representa que a tecnologia do país vem ficando mais avançada e que os militares coreanos estão simulando, com cada vez mais ênfase, um conflito real.
Isso acontece porque, formalmente, a Coreia do Norte e a Coreia do Sul ainda estão em guerra. O atual estágio do conflito é o armistício, que prega pela pausa dos exercícios ofensivos de um país a outro. Contudo, não há um acordo entre as duas nações que trate do fim do conflito. Segundo a KNCA, a agência estatal de notícias do país, o “comandante da unidade resolveu ter a capacidade de cumprir plenamente seu dever de ataque e poder de fogo a qualquer momento, intensificando ainda mais o treinamento de cada companhia, fiel ao partido político para efetuar uma revolução no treinamento“.
Com a distância alcançada pelo míssil da Coreia do Norte, especialistas dizem que o país pode atingir qualquer região de seu vizinho, a Coreia do Sul. Com isso, crescem as tensões na região e os países ficam cada vez mais próximos de um conflito direto.
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Conflitos se espalham ao redor do mundo
O fato de a Coreia do Norte ter lançado um míssil não pode ser isolado da geopolítica mundial, segundo especialistas. Isso porque o país é um dos principais aliados da China, que vem buscando tomar a posição dos Estados Unidos na economia mundial. Além disso, outros aliados dos chineses, como os russos, também estão envolvidos em conflitos diretos com países do Ocidente.
Dessa forma, a China financia, direta ou indiretamente, os exercícios militares na região. Vale lembrar que, recentemente, integrantes do alto escalão do governo dos Estados Unidos estiveram em Taiwan. Poucos dias depois, a China enviou aviões militares à região, como forma de mostrar sua influência sobre a ilha.
Por conta disso, especialistas afirmam que há um bloco militar, formado pela Rússia, pela Coreia do Norte e pela China, que é a principal economia da região. A escalada de conflitos na região já é esperada por muitos especialistas, que dizem que um conflito pode surgir a qualquer momento.
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