O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) iniciou nesta terça-feira (1º) sua primeira reunião de 2022 para definir os novos caminhos da política monetária do Brasil. Neste encontro, o comitê definirá a taxa básica de juros do país, a Selic. A decisão será anunciada amanhã (2).
A expectativa de analistas é que haja uma elevação de 1,5 ponto percentual (p.p.) da taxa. Caso a previsão se confirme, a Selic avançará para 10,75% ao ano, maior patamar desde abril de 2017, quando os juros do país estavam em 11,25% ao ano.
Inclusive, o mercado financeiro acredita que a taxa chegará a 11,75% ao ano em 2022. Esta projeção faz parte do relatório ‘Focus’, pesquisa do BC que traz a opinião de mais de cem instituições financeiras semanalmente sobre indicadores econômicos do país.
Em suma, o principal objetivo do Copom ao elevar a Selic é segurar a inflação do país, que está nas alturas há tempos. Aliás o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou na semana passada a prévia da inflação para janeiro havia superado as expectativas do mercado, ao variar 0,58%, contra expectativa de alta de 0,43%.
Entenda a Selic
A saber, uma Selic mais alta puxa consigo os juros praticados no país, reduzindo o poder de compra do consumidor. Como consequência, desaquece a economia do país. Dessa forma, limita o avanço da chamada “inflação por demanda”.
Isso acontece porque a Selic é o principal instrumento do BC para conter a alta dos preços dos produtos. Aliás, a instituição financeira se baseia no sistema de metas de inflação, definido Conselho Monetário Nacional (CMN).
Em 2022, a meta central de inflação é de 3,50%, podendo variar 1,5 p.p. para cima e para baixo. Assim, a inflação pode chegar até 5,00% no final deste ano e, mesmo assim, não extrapolará o limite superior da meta. Resta aguardar os próximos meses para saber se a inflação ficará no intervalo definido ou não.
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