O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) se reunirá nesta semana para definir os novos caminhos da política monetária do Brasil. O encontro de dois dias terá início nesta terça-feira (14) e se encerrará no dia seguinte, com o comitê definindo a taxa básica de juros do país, a Selic.
A expectativa de analistas é que haja uma elevação de 0,5 ponto percentual (p.p.) da taxa. Caso a previsão se confirme, a Selic avançará para 13,25% ao ano, maior patamar desde janeiro de 2017, quando os juros do país estavam em 13,75% ao ano.
O avanço será o 11º consecutivo, mostrando que o BC vem apertando a política monetária nos últimos tempos. No entanto, vale destacar que a alta será a menor desde junho do ano passado, quando o BC elevou a Selic em 0,75 p.p.
Após essa elevação, houve outros sete aumentos, de 1,0 e 1,5 p.p. Contudo, a nova alta deverá ser menos intensa graças à desaceleração da inflação em maio. Em resumo, a taxa inflacionária no país variou 0,47% no mês passado, taxa bem menor que a de abril (1,06%). Ainda assim, a taxa anual está muito elevada (11,73%), superando em muito a meta central de 3,5% para 2022.
Entenda a Selic
A saber, o principal objetivo do Copom ao elevar a Selic é segurar a inflação do país. Em suma, uma Selic mais alta puxa consigo os juros praticados no país, reduzindo o poder de compra do consumidor. Como consequência, desaquece a economia do país, limitando o avanço da chamada “inflação por demanda”.
Quando a Selic sobe, encarece o crédito, reduzindo a busca das pessoas por empréstimos. Dessa forma, o consumo tende a diminuir, uma vez que a população tem menos dinheiro em mãos. Como a demanda diminui, os preços também tendem a cair, ou seja, a inflação desacelera.
Por fim, economistas afirmam que a alta da Selic é um “remédio” amargo, mas necessário para o país. O problema é que as pessoas já estão pagando mais caros pelos bens e serviços, uma vez que os preços não param de subir. E com os juros mais altos, a renda fica ainda mais corroída.
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