O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) iniciou na terça-feira (14) a sua quarta reunião de 2022 para definir os novos caminhos da política monetária do Brasil. Neste encontro, o comitê definirá a taxa básica de juro da economia do país, a famosa Selic. Aliás, a decisão será anunciada nesta quarta-feira (15).
A expectativa de analistas é que haja uma elevação de 0,5 ponto percentual (p.p.) da taxa. Caso a previsão se confirme, a Selic avançará para 13,25% ao ano, maior patamar desde janeiro de 2017, quando os juros do país estavam em 13,75% ao ano.
Em suma, o principal objetivo do Copom ao elevar a Selic é segurar a inflação do país, que está nas alturas há tempos. Em maio, a taxa desacelerou, mas está em 11,73% no acumulado dos últimos 12 meses, superando em mais de três vezes a meta central para 2022, de 3,5%.
Veja como a Selic afeta a sua vida
A saber, uma Selic mais alta impulsiona os juros praticados no país, reduzindo o poder de compra do consumidor. Por exemplo, os juros bancários e imobiliários ficam mais salgados, fazendo muita gente desistir de gastar, ou seja, de fazer a economia girar.
Em outras palavras, o principal objetivo de uma Selic mais alta é desaquecer a economia do país. Dessa forma, limita o avanço da chamada “inflação por demanda”, e isso tende a fazer os preços caírem, uma vez que a procura diminuiu.
Vale destacar que a Selic é o principal instrumento do BC para conter a alta generalizada e contínua dos preços de bens e serviços, a chamada inflação. Aliás, a entidade financeira se baseia no sistema de metas de inflação, definido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
Em 2022, a meta central de inflação é de 3,50%, podendo variar 1,5 p.p. para cima e para baixo. Isso quer dizer que a inflação pode chegar até 5,00% no final deste ano e, mesmo assim, não extrapolará o limite superior da meta. No entanto, os analistas estimam uma taxa de quase 9% para 2022.
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