Os brasileiros mal digeriram a notícia de que enfrentarão juros ainda mais elevados no país e já receberam outra informação pessimista. De acordo com o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), a taxa Selic brasileira deverá subir novamente em agosto.
A saber, o Copom promoveu nesta quarta-feira (15) o 11º aumento consecutivo da taxa Selic. Com a elevação de 0,5 ponto percentual (p.p.), a taxa básica de juro da economia brasileira passou de 12,75% ao ano para 13,25% ao ano. Esse é o maior patamar desde dezembro de 2016 e a expectativa é que a taxa suba novamente na próxima reunião do Copom, em agosto.
“Para a próxima reunião, o Comitê antevê um novo ajuste, de igual ou menor magnitude“, diz o Copom em comunicado.
“O Comitê nota que a crescente incerteza da atual conjuntura, aliada ao estágio avançado do ciclo de ajuste e seus impactos ainda por serem observados, demanda cautela adicional em sua atuação”, acrescentou.
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Aumento dos juros tenta segurar inflação no país
Em maio, a inflação no país até desacelerou, mas continua muito elevada a ritmo anual. Em suma, inflação se refere ao aumento contínuo e generalizado dos preços de bens e serviços. E, para diminuir essas variações, o Copom vem elevando desde o ano passado os juros no país.
A saber, os juros mais altos encarecem o crédito, reduzindo o poder de compra do consumidor e desaquecendo a economia. A Selic é o principal instrumento do BC para conter a inflação no país. No entanto, essa medida acaba limitando o crescimento econômico nacional, pois a população passa a ter menos dinheiro em mãos para consumir e fazer a economia girar.
Embora o Copom tenha projetado um novo aumento dos juros em agosto, vale destacar que isso pode mudar, a depender do cenário brasileiro nos próximos meses.
Segundo o Comitê, os próximos passos da política monetária do país poderão ser ajustados “para assegurar a convergência da inflação para suas metas, e dependerão da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação para o horizonte relevante da política monetária”, explicou.
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