Coordenador de comunicação institucional da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Cristiano Vasconcellos da Silva afirmou que a corporação começará nesta terça-feira (22) a deflagrar “uma ação bem forte” com o objetivo de liberar todas as rodovias federais.
De acordo com ele, a entidade fez uma readequação da atuação a partir dos novos atos dos manifestantes apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) que não concordam com a vitória do chefe do Executivo eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e, por isso, defendem um golpe de Estado.
Em entrevista ao canal “CNN Brasil”, Cristiano Vasconcellos afirmou que os atos registrados nas últimas semanas “ferem muito o direito constitucional de todos, de ir e vir”. “A nossa atuação será com todas as forças de segurança pública”, disse ele durante a entrevista.
Conforme o coordenador de comunicação institucional da PRF, diferentemente do que aconteceu logo após o anúncio da vitória de Lula, hoje, as ações em rodovias federais estão isoladas.
Nesse sentido, ele afirma que a corporação não identificou uma coordenação entre os movimentos. “Não tem movimento de uma categoria. Inclusive tem muitos caminhoneiros que estão sendo agredidos, espancados, tendo o seu caminhão desatrelado com sua carga jogada em cima da rodovia”, relatou.
De acordo com ele, não existe uma pauta específica para os protestos, que começaram a voltar na última quinta-feira (17). “Simplesmente eles fazem os bloqueios e quem é contra aquilo, sofre agressões, atentados”, relatou o membro da PRF.
Por fim, além de afirmar que a corporação está “trabalhando arduamente para a desobstrução das rodovias”, o coordenador de comunicação institucional relata que antes os movimentos eram vistos como manifestações. Todavia, hoje, isso mudou.
“Agora são atos criminosos, atos terroristas que estão acontecendo nas nossas rodovias federais com queima de pneus, disparo de armas de fogo nos caminhões, explosão da rodovia federal, queima de pontes para impedir o tráfego. Então nós estamos trabalhando muito e com todas as forças de segurança pública para conseguir coibir esses atos”, relatou ele, finalizando que, até a noite de segunda, eram 13 interdições e quatro registros de bloqueios em rodovias federais.
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