O senador Ciro Nogueira (PP-PI) foi às redes sociais nesta terça-feira (27) dizer que aceitou o convite de Jair Bolsonaro (sem partido) para assumir a chefia da Casa Civil. No Twitter, o parlamentar, que é líder do Centrão, além de dizer que está honrado pelo convite do chefe do Executivo, também pediu “proteção de Deus” para cumprir o que ele classificou como “desafio”.
“Acabo de aceitar o honroso convite para assumir a chefia da Casa Civil, feito pelo presidente
Jair Bolsonaro. Peço a proteção de Deus para cumprir esse desafio da melhor forma que eu puder, com empenho e dedicação em busca do equilíbrio e dos avanços de que nosso país necessita”, publicou o senador.
De acordo com as informações, por volta das 16h desta terça (27), Bolsonaro deve se reunir com Luiz Eduardo Ramos, que é o atual comandante da pasta. Na semana passada, assim como revelou o Brasil123, o atual ministro disse ter estranhado a troca de cadeira.
Segundo Luiz Eduardo Ramos, a demissão o pegou de surpresa. “Eu não sabia, estou em choque. Fui atropelado por um trem, mas passo bem”, afirmou o general, que ainda relatou, na ocasião, ter passado um bom tempo com o presidente quando ele voltou para o Palácio do Planalto após ter passado alguns dias internado em São Paulo, mas nada ouviu do chefe do Executivo sobre o seu desligamento.
Ainda na oportunidade, Luiz Eduardo Ramos afirmou que estava muito feliz na Casa Civil. “Dei o melhor de mim. Tanto que estou recebendo telefonemas de parlamentares de vários partidos, em solidariedade. Se eu estivesse sendo trocado por alguém formado em Oxford, ou Harvard, tudo bem, poderiam dizer que falhei. Mas é por um político aliado do presidente, é assim que funciona”, comentou o general.
Casa Civil
Considerado um dos ministérios mais importantes, a Casa Civil, além de colaborar na articulação política junto ao Congresso, também atua na coordenação de ações do governo com outras pastas.
Hoje, a Casa Civil compõe, junto com o ministro da Economia, a Junta de Execução Orçamentária. O grupo é responsável por definir questões do Orçamento como o remanejamento de verbas entre os ministérios, créditos suplementares ou, até mesmo, os bloqueios e desbloqueios de verba.
Leia também: Aliança de Bolsonaro com o Centrão pode causar estranhamento, diz Mourão