O ano de 2020 é tudo, menos normal. A anormalidade vai seguir também no final do ano. É que de acordo com a Confederação Nacional do Comércio, o número de contratos temporários vai cair pela metade por causa da pandemia do novo coronavírus.
O contrato temporário é aquele que, como o próprio nome já diz, tem um prazo para acabar. Como normalmente mais pessoas fazem compras no final do ano, as lojas precisam de mais pessoas para realizar os atendimentos.
No natal de 2019, por exemplo, o comércio brasileiro contratou mais de 91.500 empregados de forma temporária. Ou seja, eles ficaram com o emprego até o final desse período festivo. Logo depois, eles saíram da empresa.
Este ano, esse número deve cair pela metade. É que boa parte das pessoas estão optando por fazer compras pela internet. Dessa forma, os atendentes das lojas ficam sem trabalho. Ainda de acordo com a Confederação, as vendas online cresceram 43% entre os meses de março e agosto deste ano.
Mas mesmo com essa previsão de queda no número de contratos, a Confederação afirma que as compras físicas ainda existirão. Ou seja, mesmo que o país esteja em crise e a vacina para a Covid ainda não existir, as lojas seguirão contratando os temporários, mas não na mesma quantidade.
Papai Noel temporário
Talvez o trabalhador temporário mais famoso do comércio seja o Papai Noel. Todos os anos centenas de homens de idade se preparam para esse momento. Mas a maioria afirma que os convites para contrato deste ano ainda não chegaram.
É que a maioria dos shoppings não irão permitir que “os bons velhinhos” coloquem crianças no colo no meio de uma pandemia. Afinal, a maioria desses empregados são senhores de idade e estão portanto no grupo de risco.
Alguns shoppings do Rio de Janeiro e de São Paulo já afirmaram que irão realizar esses contratos. Mas o Papai Noel terá que atuar de maneira virtual. Ou seja, é a cereja de um bolo de um ano completamente atípico.