Os conteúdos sobre as eleições publicados por usuários no Facebook, WhatsApp e Instagram serão monitorados, informou na quinta-feira (12) a Meta, controladora das três redes sociais. De acordo com a empresa, será criado um centro de monitoramento, em uma medida que visa combater a disseminação de notícias falsas nas redes sociais.
Iniciativas como essa têm sido desenvolvidas por conta de uma parceria da empresa com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em nota, a Meta informou que o “centro de monitoramento” será feito por funcionários da empresa no Brasil e nos Estados Unidos. Ainda conforme a empresa, o modelo não é 100% novidade, pois já foi testado no país durante as eleições de 2018 e de 2020.
Segundo Debs Delbart, gerente de Programas de Resposta Estratégica da Meta América Latina, esse centro de monitoramento irá agir diante de denúncias de possíveis violações às regras das plataformas.
“A integridade das eleições é uma prioridade da Meta. Queremos garantir uma resposta rápida da empresa a qualquer momento emergencial que possa vir a acontecer”, afirmou ela, completando que esse centro será composto por especialistas que irão monitorar, em tempo real, comportamentos de usuários e publicações que representem eventual interferência nas eleições.
Selo de conteúdos falsos nas eleições
De acordo com a Meta, as publicações monitoradas poderão recebeu um selo dizendo que a informação é falsa, assim como acontece com notícias inverídicas sobre a Covid-19, por exemplo.
Ainda conforme a empresa, o foco do centro de monitoramento será combater “comportamentos inautênticos coordenados”, ou seja, perfis e páginas que, escondendo as verdadeiras identidades dos criadores, atuam com o objetivo de manipular o debate público.
Outro foco do centro de monitoramento será a remoção rápida de conteúdos que possam provocar a “supressão de votos”. Um exemplo disso são as postagens de panfletos de candidatos com números diferentes dos reais ou até mesmo com a data da eleição alterada. Em 2020, somente no primeiro turno das eleições, revelou a Meta, foram removidas 140 mil publicações do tipo no Brasil.
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