A Secretaria do Tesouro Nacional informou nesta quinta-feira (27) que as contas do governo federal encerraram setembro com um superávit primário de R$ 303 milhões. A saber, esse é o melhor resultado para o mês desde 2021, quando houve um saldo positivo de R$ 1,797 bilhão. Aliás, esse valor foi corrigido pela inflação.
Em resumo, superávit primário acontece quando as receitas superam as despesas realizadas, ou seja, o saldo fica positivo. Caso ocorra o contrário, com mais despesas que receitas, tem-se déficit primário. Vale destacar que, nesta conta, não entram os gastos do governo com o pagamento de juros da dívida pública.
No ano passado, o valor ficou muito expressivo devido à pandemia da Covid-19. Como o país realizou diversos gastos extraordinários para combater a crise sanitária, o déficit primário atingiu o recorde de R$ 743,087 bilhões. Além disso, a pandemia também afetou a arrecadação durante diversos meses em 2020, por isso que o rombo foi tão grande.
A propósito, um dos meses que mais contribuiu com esse déficit no ano passado foi setembro. Em suma, o mês chegou ao fim com um rombo de R$ 83,946 bilhões (atualizado pela inflação).
Veja mais detalhes do desempenho das contas do governo
De acordo com o BC, as contas públicas estão registrando bons resultados neste ano devido ao aumento da arrecadação federal. Isso vem acontecendo graças à retomada da atividade econômica do país. Aliás, a arrecadação bateu recorde para o mês de setembro.
“Os dados de setembro corroboram a tendência de melhora consistente nas contas públicas ao longo de 2021, resultado da forte arrecadação e da maior focalização das despesas relacionadas ao enfrentamento da pandemia”, avaliou o Tesouro Nacional, em nota.
Embora setembro tenha trazido ganhos, as contas do governo acumulam um déficit primário de R$ 82,468 bilhões entre janeiro e setembro. Apesar de o montante ser bem expressivo, o valor é 8,2 vezes menor que o déficit observado no mesmo período de 2020 (R$ 677,446 bilhões).
Por fim, o governo tem autorização para registrar déficit primário de até R$ 247,118 bilhões em 2021. Contudo, despesas extraordinárias com a pandemia não estão inclusas nessa meta fiscal, como os gastos com o auxílio emergencial e o programa de redução de jornada e salário.
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