A Secretaria do Tesouro Nacional informou nesta segunda-feira (29) que as contas do governo federal encerraram outubro com um superávit primário de R$ 28,195 bilhões. A saber, esse é o melhor resultado para o mês desde 2016, quando houve um saldo positivo de R$ 51,756 bilhões. Aliás, esse valor foi corrigido pela inflação.
Em resumo, superávit primário acontece quando as receitas superam as despesas realizadas, ou seja, o saldo fica positivo. Caso ocorra o contrário, com mais despesas que receitas, tem-se déficit primário. Vale destacar que, nesta conta, não entram os gastos do governo com o pagamento de juros da dívida pública.
No ano passado, o valor ficou muito expressivo devido à pandemia da Covid-19. Como o país realizou diversos gastos extraordinários para combater a crise sanitária, o déficit primário atingiu o recorde de R$ 743,087 bilhões. Além disso, a pandemia também afetou a arrecadação durante diversos meses em 2020, por isso que o rombo foi tão grande.
A propósito, as contas do governo registraram um déficit primário de R$ 3,783 bilhões em outubro do ano passado, após atualização da inflação.
Veja mais detalhes do desempenho das contas do governo
De acordo com o BC, as contas públicas estão registrando bons resultados neste ano devido ao aumento da arrecadação federal. Isso vem acontecendo graças à retomada da atividade econômica do país. Aliás, a arrecadação em outubro foi a maior para o mês desde 2016.
Embora o mês passado tenha trazido ganhos, as contas do governo ainda acumulam um déficit primário expressivo no ano, de R$ 53,404 bilhões. Apesar de o montante ser bem expressivo, o valor é 14,37 vezes menor que o déficit observado no mesmo período de 2020 (R$ 767,421 bilhões).
Por fim, o governo tem autorização para registrar déficit primário de até R$ 247,118 bilhões em 2021. Contudo, despesas extraordinárias com a pandemia não estão inclusas nessa meta fiscal, como os gastos com o auxílio emergencial e o programa de redução de jornada e salário.
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