Os consumidores do estado de São Paulo verão as suas contas de luz mais caras nos próximos meses. Isso porque a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou o reajuste tarifário médio de 12,04% nas contas. A saber, o aumento foi pedido pela Enel Distribuição São Paulo.
Com isso, cerca de 7,6 milhões de unidades consumidoras no estado terão valores mais altos a partir de 4 de julho. É nesta data que o reajuste entrará em vigor para os 24 municípios da área de concessão da distribuidora.
Esse reajuste médio aprovado se refere aos consumidores de alta tensão, cuja alta foi de 18,03%, e os de baixa tensão, com aumento de 10,15%. De acordo com a Enel, os consumidores de baixa tensão são, na maioria, clientes residenciais. Por sua vez, os clientes de alta tensão são, geralmente, indústrias e grandes comércios.
Conta de luz mais cara: Aneel reajusta valor de cobrança extra em até 64%
Veja o que provocou o aumento das contas
As distribuidoras de energia elétrica do país promovem reajustes todos os anos, e essas variações dependem de cada distribuidora. A saber, a Enel Distribuição Ceará (CE) promoveu um aumento de 23,99% em abril, aprovado pela Aneel. No entanto, um projeto de decreto legislativo do deputado Domingos Neto (PSD-CE) suspendeu o reajuste.
Aliás, a Aneel vai reaver os reajustes tarifários aprovados até maio. No caso de São Paulo, o aumento aconteceu devido a três principais fatores, segundo a Enel:
- Inflação elevada;
- Encargos setoriais (como Conta de Desenvolvimento Energético – CDE);
- Custos de compra de energia durante a crise hídrica de 2021.
Aneel afirma que bandeira verde deverá anular reajustes
Embora a população não fique feliz com o aumento da conta de energia, a Aneel vem afirmando que os reajustes não deverão ser sentidos pela população devido ao fim da bandeira escassez hídrica.
Em resumo, ao considerar o fim da bandeira escassez hídrica, o consumidor residencial terá uma queda de 6,15% no valor da sua conta de luz, em média, segundo a Aneel. Aliás, a expectativa é que a bandeira verde, que não promove cobrança extra, deverá seguir até o final deste ano.
Esse cenário pode ser visto de duas maneiras: ou a população fica feliz pela ausência de uma cobrança extra ou sofre com o aumento da conta de luz. Na verdade, os consumidores não deverão sofrer com preços mais altos, mas também não irão aproveitar a queda nos valores.
De toda forma, vale comemorar a situação em 2022. A expectativa é que em 2023 haja tanto reajustes quanto cobranças extras.
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