A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) divulgou na sexta-feira (29), que a bandeira tarifária será verde neste mês de janeiro de 2024, ou seja, sem cobrança de custo adicional nas contas de luz.
Vale destacar que a continuidade de bandeira verde é consequência das condições favoráveis de geração de energia, situação que permanece há 21 meses, desde abril de 2022.
Bandeira verde na conta de luz
O diretor-geral Sandoval Feitosa comemorou a notícia para a conta de luz e destacou que “a sinalização confirma as boas condições de energia no país e permitem que o consumidor passe a ter um consumo mais consciente, ao conhecer o custo real da energia. Iniciamos o ano com excelente notícia para os consumidores”, ressaltou.
Sistema de bandeiras
Criado em 2015, o mecanismo das bandeiras tarifárias proporciona transparência ao custo real da geração de energia.
Aliás, mensalmente, a ANEEL monitora e faz projeções de acionamento das bandeiras, válidas para todos os consumidores do Sistema Interligado Nacional (SIN), malha de linhas de transmissão de energia elétrica que conecta as usinas aos consumidores.
Cada bandeira é acionada conforme o cenário energético, que varia de favorável (verde) a desfavorável (vermelha patamar 2), quando a cobrança extra é maior.
Em resumo, funciona assim:
- Bandeira verde: beneficiados pela chuva, os reservatórios das hidrelétricas se encontram em condições favoráveis para produção de energia em grande quantidade. Assim, não há custos adicionais para os consumidores;
- Bandeira amarela: sinal de alerta, condições de geração menos favoráveis. As contas de luz sofrem acréscimo de R$ 1,874 para cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos;
- Bandeira vermelha – patamar 1: condições mais custosas de geração – a tarifa sofre acréscimo de R$ 3,971 para cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos;
- Bandeira vermelha – patamar 2: condições ainda mais custosas de geração – para cada 100 quilowatt-hora (kWh) da conta de luz, há um acréscimo de R$ 9,492.
Números da conta de luz mostram que consumo aumentou
Temos dados interessantes para mencionar sobre a conta de luz. De acordo com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o Brasil bateu o segundo recorde consecutivo de consumo de energia elétrica em novembro, atingindo 46.407 gigawatts-hora (GWh), alta de 8,5% em comparação com novembro de 2022.
Segundo a autarquia, é o maior consumo de toda a série histórica desde 2004.
Quanto ao ambiente de contratação, com 18.482 GWh, o mercado livre respondeu por 39,8% do consumo nacional de energia elétrica em novembro, registrando crescimento de 9% no consumo e de 22% no número de consumidores, na comparação com novembro de 2022.
Já o mercado regulado das distribuidoras, com 27.925 GWh, respondeu por 60,2% do consumo nacional de eletricidade em novembro, alta de 8,1% na comparação com 2022, enquanto o número de unidades consumidoras aumentou 2,3% no período.