A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) divulgou que, para o mês de novembro, não será necessário que os consumidores brasileiros arquem com encargos adicionais em suas contas de eletricidade. Dessa forma, será mantida a bandeira verde para todos os consumidores conectados ao Sistema Interligado Nacional (SIN).
A bandeira verde sinaliza a ausência de acréscimos nas tarifas de energia e tem estado em vigor desde o término do período de escassez hídrica. Ele se estendeu de setembro de 2021 até meados de abril de 2022. Durante esse período, a escolha da bandeira verde foi devido às condições favoráveis de geração de energia, graças aos níveis satisfatórios dos reservatórios das usinas hidrelétricas.
A Aneel comunicou que o armazenamento médio dos reservatórios atingiu 87% no início do período seco, justificando o cenário positivo. Em junho de 2022, a Aneel aprovou um aumento de até 64% nas bandeiras tarifárias, em resposta à inflação e ao aumento dos custos das usinas termelétricas devido ao encarecimento do petróleo e do gás natural nos meses anteriores.
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O que são bandeiras tarifárias de energia elétrica?
As bandeiras tarifárias de energia elétrica são um sistema de sinalização que informa aos consumidores e empresas a situação atual dos custos de geração de energia no Brasil. Elas foram criadas em 2015 como uma iniciativa da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para tornar mais transparente e visível o impacto dos custos de geração de eletricidade na conta de luz dos consumidores.
As bandeiras tarifárias são compostas por três cores principais:
- Verde: Indica que as condições de geração de energia são favoráveis, com custos baixos. Nesse caso, não há acréscimo nas tarifas de energia, e os consumidores pagam o valor normal por sua eletricidade.
- Amarela: Sinaliza uma situação de alerta, em que os custos de geração de energia estão um pouco mais altos. Quando a bandeira amarela está em vigor, há um acréscimo no valor da tarifa de energia para os consumidores, o que pode resultar em contas de luz um pouco mais caras.
- Vermelha: Indica que as condições de geração de energia estão desfavoráveis, com custos consideravelmente elevados. Nesse caso, há dois patamares:
- Vermelha – Patamar 1: Há um acréscimo maior nas tarifas em relação à bandeira amarela.
- Vermelha – Patamar 2: Os custos estão muito elevados, resultando em um aumento ainda mais significativo nas tarifas de energia. Isso ocorre em situações críticas.
As bandeiras tarifárias são determinadas mensalmente com base em diversos fatores, incluindo o nível dos reservatórios das hidrelétricas, a disponibilidade de fontes de energia renovável (como eólica e solar) e a variação nos preços dos combustíveis utilizados na geração termelétrica.
Elas têm o propósito de incentivar o consumo consciente de energia, uma vez que, durante os períodos em que as bandeiras amarela e vermelha estão em vigor, os consumidores são incentivados a economizar energia para evitar contas mais caras.
Criação das bandeiras tarifárias
As bandeiras tarifárias, instauradas em 2015, espelham os custos flutuantes associados à geração de energia elétrica. Assim, em agosto, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou uma iniciativa de consulta pública visando à redução dessas bandeiras em até 36,9%.
A agência fundamentou essa redução com base em três fatores: reservatórios com capacidade plena, expansão da energia eólica e solar. Além disso, a queda nos preços internacionais dos combustíveis fósseis.
As bandeiras tarifárias, estabelecidas em 2015, espelham os custos variáveis inerentes à produção de energia utilizada em domicílios, estabelecimentos comerciais e indústrias conectados ao Sistema Interligado Nacional.
Por outro lado, quando as bandeiras vermelha ou amarela são implementadas, ocorrem acréscimos na conta, cuja magnitude varia de acordo com o nível de consumo.
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Como economizar na conta de energia elétrica?
Existem várias maneiras de economizar na conta de luz. Sendo assim, pequenas mudanças nos hábitos de consumo e investimentos em eficiência energética podem fazer uma grande diferença. Então, aqui estão algumas dicas para ajudar a reduzir os gastos com energia:
- Troque lâmpadas incandescentes por lâmpadas LED ou fluorescentes compactas. As lâmpadas LED consomem menos energia. Além disso, têm uma vida útil mais longa do que as lâmpadas incandescentes.
- Apague as luzes quando não estiver usando. Lembre-se de desligar as luzes quando sair de um cômodo. Dessa forma, use sensores de movimento em áreas de pouco tráfego.
- Aproveite a luz natural. Mantenha cortinas e persianas abertas durante o dia para aproveitar a luz do sol em vez de depender da iluminação elétrica.
- Utilize eletrodomésticos de forma eficiente. Utilize aparelhos de alta eficiência energética e evite deixá-los em standby. Além disso, desconecte aparelhos que não estão em uso.
- Regule a temperatura do termostato. Mantenha a temperatura de aquecimento ou resfriamento a um nível confortável, mas evite configurações excessivamente altas ou baixas. Também use um termostato programável para ajustar a temperatura automaticamente quando você não está em casa.
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Outras dicas
- Isolamento e vedação. Certifique-se de que sua casa tenha um bom isolamento e vedação para evitar perdas de calor no inverno e ganhos de calor no verão.
- Use ventiladores. Em climas quentes, use ventiladores para circular o ar e manter o ambiente mais fresco. Dessa forma, acaba reduzindo a necessidade de ar condicionado.
- Aquecimento de água. Regule a temperatura do aquecedor de água para 50°C. Isso é suficiente para a maioria das necessidades. Também considere a instalação de um aquecedor solar de água.
- Lave roupa e pratos com carga total. Evite lavar pequenas cargas de roupas ou pratos, pois isso consome mais energia em relação a cargas maiores.
- Use aparelhos com etiqueta de eficiência energética. Ao comprar eletrodomésticos novos, escolha modelos com alta eficiência energética. Eles podem custar um pouco mais, mas economizarão dinheiro a longo prazo.
- Manutenção regular. Faça a manutenção regular em aparelhos de aquecimento, ventilação e ar condicionado para garantir que estejam funcionando eficientemente.
- Considere a energia solar. Se viável, instale painéis solares em sua casa para gerar sua própria eletricidade e, potencialmente, reduzir sua conta de luz.
- Monitore seu consumo. Use dispositivos de monitoramento de energia para acompanhar seu consumo e identificar áreas onde você pode economizar.
Lembrando que cada residência pode ter necessidades específicas, portanto, algumas dessas dicas podem ser mais relevantes do que outras para a sua situação. O importante é adotar práticas de economia de energia que se adequem ao seu estilo de vida e orçamento.