Os brasileiros já estavam acostumados com o pagamento extra nas contas de luz. Na verdade, a última vez que a população pagou uma conta com a bandeira verde, ou seja, sem cobranças extras, foi em novembro de 2020. De lá pra cá, a situação só piorou e os consumidores tiveram que pagar bem mais do que estavam acostumados.
No entanto, o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Luiz Carlos Ciocchi, afirmou nesta segunda-feira (11) que os consumidores do país não deverão pagar taxas extras até o final do ano. Em outras palavras, a bandeira verde deve seguir durante todo o ano de 2022.
Aliás, a conta de luz dos brasileiros deve ficar mais barata a partir deste sábado (16), data em que a bandeira verde volta a vigorar no país. A saber, quanto maior o custo com a produção de energia elétrica, mais os consumidores pagam para ter energia em casa. E foi justamente isso o que aconteceu no ano passado.
Em suma, o país enfrentou em 2021 a pior crise hídrica dos últimos 91 anos devido à escassez de chuvas nas regiões das hidrelétricas. Isso fez o governo acionar cada vez mais as termelétricas no país para cobrir a produção das hidrelétricas. Contudo, estas usinas são mais caras e poluentes, e isso fez a conta de luz disparar no ano passado.
Níveis dos reservatórios deve seguir elevado no ano
Segundo o ONS, a capacidade geral de armazenamento dos reservatórios do país estava em 68,6% no final de março. A expectativa é que o nível fique em 60,8% no final de novembro, ante os 26% registrados no mesmo mês do ano passado.
“Nós estamos com os reservatórios numa boa condição e nós só vamos ter o despacho térmico dentro da ordem de mérito, ou seja, só utilizando as térmicas inflexíveis [que, por contrato, precisam funcionar]. Nessa situação, a tendência, a expectativa de todo o setor elétrico é que a gente passe todo este ano com bandeira verde”, disse Ciocchi.
Por fim, ele negou que as novas usinas termelétricas, que entrarão no sistema nacional a partir de maio, elevarão a conta de luz dos brasileiros.
A saber, o leilão para estas usinas contratou 775,8 megawatts médios para entrega entre 2022 e 2025. O custo total desta aquisição foi de R$ 39 bilhões.
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